As redes começam a exibir vídeos de bolsonaristas detidos pelas polícias denunciando as condições precárias em que se encontram no galpão da Polícia Federal em Brasília. Estariam “sem comida nem condições decentes de acomodação”, segundo um advogado aparentemente responsável pela assistência jurídica de alguns deles.
É justa a reclamação, mas é preciso lembrar que os cerca de 1.500 presos nas manifestações de domingo são arruaceiros perigosos invasores e depredadores dos três principais prédios da república, o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal.
O estrago feito supera em muito o inconformismo com o resultado das urnas, atinge em cheio o patrimônio físico das instituições, do mobiliário e presentes valiosos, à destruição de processos, no caso do tribunal, e à memória e à cultura, enfim. Foi uma demonstração de incivilidade inédita na vida republicana, instigada pelo ex-presidente e orientada pela força policial a quem compete precisamente zelar pelo bem público.
A subversão vista no domingo foi tolerada, fartamente documentada e representa o verdadeiro contraponto no tratamento dispensado pelas autoridades aos cidadãos conforme raça, poder aquisitivo, situação social e outros valores. Aos bolsonaristas é permitido gravar vídeos e enviar às redes; aos professores, estudantes, favelados e outros, sequer o celular é permitido.
Mas o simples fato de as imagens estarem nas redes é boa notícia num país onde câmeras corporais são questionadas não só pela polícia que as usa, como pelos ex-acampados de Bolsonaro que, no geral, aprovam a violência policial.
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