Mesmo com mundo enfrentando um dos momentos mais difíceis da humanidade, ao ponto de fazer com que o isolamento social seja a medida mais eficaz para diminuir a disseminação de um vírus, e assim combater o avança da pandemia, não podemos deixar esse domingo, 17 de maio, passar despercebido, diante de uma data com tamanha importância mundial.
Hoje, 17 de maio, comemora-se o Dia Internacional de Combate a LGBTfobia. A data é histórica e de grande valor para o movimento LGBTQI+. Pra quem ainda não sabe, o termo homossexualismo constava na lista de distúrbios mentais no Código Internacional de Doenças, e só em 1990 o termo foi retirado dessa lista pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
O sufixo “ismo”, dava característica a orientação como condição relacionada a alguma forma patológica, e desde a retirada desse sufixo, o movimento se mantem em alerta no uso do termo “homossexualidade” em detrimento ao termo “homossexualismo”.
A partir daí, o 17 de maio foi declarado o Dia Internacional do Combate a Homofobia, tornando um momento simbólico de mobilização mundial para falar de preconceito e discriminação sobre um olhar de equidade, da diversidade e tolerância.
Falar do combate, é falar também sobre as formas de violência que vão além das que estão descritas no código penal brasileiro, como crimes ligados não só a rejeição a relações homoafetivas, mas ligadas a comportamentos horríveis de perversidade que desqualifica o outro, apenas por representar o contrário da heteronormatividade.
E no Brasil a contradição é verdadeira, porque da mesma forma que se conquistam direitos, que por muitos anos foram negados para a população LGBTQI+, é notório o crescimento dos números de denúncias que só fazem aumentar diariamente o quadro de violência e descriminação.
Para muitas pessoas, a conquista dos direitos têm sido uma luta constante, a exemplo de Dhiego Monteiro, morador do Rio de Janeiro e é militante dos movimentos sociais, ele diz o seguinte: “Pra mim, como uma pessoa trans, os meus direitos foram adquiridos há pouco tempo, e existem direitos básicos que ainda não foram conquistados. Precisamos comemorar sim esta data, mas também é preciso deixar claro que essa luta vem de muito tempo atrás, e através desta luta as vitórias estão surgindo”.
O movimento também problematiza a capacidade de abarcar as múltiplas identidades que estão na luta contra o preconceito a orientação sexual e identidade de gênero. O uso do termo LGBTfobia, como aquele capaz de traduzir o preconceito e a discriminação ocorrida em virtude da orientação sexual ou da identidade de gênero, indo além da homofobia a lesbofobia, a gayfobia, a bifobia e a transfobia foi adotado na Conferência Nacional de Políticas Públicas de Direitos Humanos de LGBT.
A Política Nacional de Assistência Social (SUAS), possuí um papel fundamental para garantir os direitos da população LBGT, garantindo a perspectiva da equidade e da diversidade em desenvolvimento.
Apenas um texto não é o suficiente pra falar sobre a importância de comemorar uma data tão relevante, se faz necessário dias e dias, porque as histórias de luta por direitos e sobrevivência são muitas. Oportunidades de trabalho, direito de ir e vir, igualdade salarial, de ser quem quiser e viver o que quiser, são umas das muitas lutas diárias.
Vale lembrar que recentemente o Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou a proibição da doação de sangue pela comunidade LGBTQI+ após anos de contestação.
Estamos em 2020, e se você não tem conhecimento sobre o tema, o que não falta é métodos de aprender e entender o espaço do outro. Existem diversas produções que podem te ajudar a conhecer um pouco mais do outro, e mais do que tudo, te ensinar a respeitar o próximo. Que hoje muitos possam entender o quão importante é esta data.
Você não precisa ser para lutar contra!