Na primeira semana de janeiro o novo governador eleito Wilson Witzel divulgou um plano de metas para os primeiros cem e cento e oitenta dias de governo. As metas foram divididas em algumas áreas, são elas, Segurança Pública; Combate à Corrupção, Recuperação Fiscal; Organização Administrativa e Relações Institucionais; Saúde; Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia; Infraestrutura; Meio Ambiente; Desenvolvimento Econômico; Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
A primeira proposta já chama atenção por começar com uma frase polêmica “A questão da segurança pública precisa voltar a ser ‘caso de polícia’, e não mais caso de política”, a proposta é assumir a responsabilidade da Segurança Pública, com a criação de um Gabinete de Segurança Pública, dando mais autonomia a PMERJ e a PCERJ, que agora responderão diretamente ao Governador do Estado. Esse Gabinete será composto pelo Governador, Wilson Witzel, pelo Chefe da PCERJ e pelo Comandante Geral da PMERJ, que terão status de Secretário.
Assim, segundo o plano de metas “o Gabinete de Segurança Pública será responsável pelas decisões conjuntas e bom relacionamento entre as forças policiais, organizando de modo complementar suas ações e responsabilizando localmente os agentes de comando pelos resultados obtidos no combate e investigação criminal, bem como sobre os índices de segurança pública”.
Também terá um órgão consultivo do Gabinete, o Comitê de Segurança, composto pelos três membros do Gabinete de Segurança Pública e pelos chefes locais das Forças Armadas, do TJERJ, do MPERJ, Superintendente da PF, além de convidados. A polícia terá uma gestão integrada dos meios de apoio para racionalizar os equipamentos, com equipamentos individuais para cada policial, armamento e coletes, uniformização destes equipamentos, viaturas e procedimentos.
Dentro dessa meta de segurança pública, existem três propostas específicas, dentre elas a criação da Universidade da Polícia e do calendário de treinamento para formação e aperfeiçoamento entre todos os operadores da segurança pública e a valorização das carreiras de policiais, peritos e agentes do sistema penitenciário. São metas que podem nos levar para dois lados, já que na tese, o treinamento e a valorização da polícia é o mínimo que esses trabalhadores merecem, porém, pelos constantes discursos de Wilson Witzel o que isso pode dizer é mais derramamento de sangue dentro das favelas do Rio de Janeiro. Ainda não é possível ter certeza para onde isso nos irá levar, será preciso esperar os cento e oitenta dias.