Em 20 de novembro, é celebrado o Dia da Consciência Negra. Instituído pela lei 2.519, de 10 de novembro de 2011, essa data lembra também a morte de Zumbi dos Palmares, ícone de resistência negra no País. Mas o que discutir nessa data?
Mais do que lembrar da data histórica da morte de Zumbi, falar do 20 de novembro é momento de refletir à história do país como nação. No Brasil, 56% da população é de negros (considerados pretos e pardos).
Na Bahia, existe o maior percentual, 81,1%, segundo levantamento de 2019. Em outro levantamento, Salvador fica com cerca de 82%, e o que chama atenção é que dentre esses quase 40% se declaram pretos.
O que isso revela na prática?
Não precisa fazer muito estudo para saber que a maioria dos negros estão nas periferias, com renda média de 1 a 2 salários, e com dificuldades de acesso a empregos ou universidades.
Falar do Dia da Consciência Negra é falar desses dados e questionar o sistema que sempre coloca essa parte da população à margem.
Apesar de os negros serem maioria, em Salvador (cidade mais negra fora da África), ainda é frequente cenas de preconceito e crescente desigualdade social.
Por isso, lembrar Zumbi e os antepassados no 20 de novembro, é lembrar que a nossa luta continua, sem desistir.
Referências: https://www.sei.ba.gov.br/images/publicacoes/download/textos_discussao/texto_discussao_17.pdf
http://generoesexualidade.ffch.ufba.br/wp-content/uploads/2019/04/apresenta_camara_abr19_semvideo_compressed.pdf
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