Há exatos 25 anos, a chamada Cidade Maravilhosa seria palco de um dos maiores crimes mais hediondos na história do Brasil. Aliás, o ano de 1993 foi um ano sangrento na cidade do Rio de Janeiro. Afinal, alguns meses antes a favela de Vigário Geral, foi palco de outra matança que ficaria mundialmente conhecida como a Chacina de Vigário Geral.
Duas chacinas que foram executadas e/ou arquitetadas por policiais militares criminosos. Em ambos os crimes, o motivo do crime foi por vingança. Porém a crueldade usada pelos assassinos impressionou muito a opinião pública do país. Três policiais militares foram julgados e condenados pela justiça. A pena de cada um deles, foi superior a 220 anos de cadeia. Porém eles ganharam o beneficio do indulto, menos de 15 anos depois do julgamento.
O que chama muito a atenção é que esses assassinatos ao invés de levarem toda a sociedade brasileira e as instituições de segurança a uma reflexão sobre uma mudança de ideologia e postura das polícias do país, o que se viu foi uma aquiescência velada a crimes como esses. Afinal hoje somos detentores de um triste recorde. O Brasil é hoje responsável por 10% dos assassinatos por armas de fogo. Além de ocorrer um verdadeiro genocídio da juventude negra nas periferias e favelas de todo o país.
Afinal a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado em alguma favela ou periferia. Com a condescendência das “pessoas de bem”
25 anos depois da Chacina da Candelária, e o medo que outra do tipo possa acontecer a qualquer momento…