A energia de Junho de 2013 fez com que diversos garis cariocas protagonizassem uma greve que encantou a cidade, em pleno carnaval de 2014. Todos os cidadãos do
Rio de Janeiro acompanharam a importância social desses heróis laranjas, sob a liderança de Célio Gari, e após 8 dias no sol e na chuva, Eduardo Paes aceitou a contraproposta
reivindicada.
O movimento vitorioso seguiu em transformação e, em março de 2015, estes trabalhadores organizaram uma movimento autônomo para além das questões trabalhistas, nascendo assim o Círculo Laranja. O Círculo não é pensado apartado das lutas existentes e do engajamento íntimo com contextos concretos.
Voltado a uma plataforma de ação, o projeto é formado por pessoas interessadas em reimaginar as condições para agir no território, na categoria, na cidade, no país. Nesse sentido, impacta diariamente uma grande comunidade participativa, criando uma relação de confiança entre garis, catadores de lixo e toda a sociedade civil interessada do grande Méier.
Sua principal motivação é a construção de um espaço coletivo que promova uma nova forma de economia e uma cidadania a quente. Assim, oferece diversas atividades que
vão desde desenvolver justiça social, cultura, palestras e práticas sobre sustentabilidade, feiras orgânicas, debates políticos sobre democracia, saúde, bem-estar até uma
diversa carga de educação comunitária.
O Círculo Laranja é uma iniciativa sem fins lucrativos, sem vínculo partidário, financiada com recursos dos colaboradores, quando não gratuita. Sua equipe é constituída por diversos voluntários com diferentes formações e habilidades e conta com Luiette Ornellas e
Célio Viana no corpo executivo.
Entre as principais atividades estão: atendimento jurídico, biblioteca de rua, capoeira, cine-debates, feira agroecológica, formação política, indicação de estágio, luta, massagem, pré-vestibular, rádio, massagem, reciclagem, entre muitas outras atividades.
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