Hoje, dia 25 de julho, se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha em homenagem à luta e a resistência das mulheres negras. No Brasil, a data também é uma homenagem à Tereza de Benguela, conhecida como “Rainha Tereza”, que viveu no século XVIII, no Vale do Guaporé (MT), e liderou o Quilombo de Quariterê.
Neste ano, a agenda do Julho das Pretas traz o tema Mulheres Negras no Poder, Construindo o Bem Viver, com sua 10ª edição, o tema tem como propósito refletir sobre o lugar de fala da mulher negra, e se questionar, onde estão as mulheres negras quando nós falamos sobre poder?.
Em homenagem a esta data, será realizado em Salvador o “Prêmio Maria Felipa“, uma das mais importantes honrarias concedidas a mulheres negras que se destacam na luta por direitos e contra o racismo. O evento acontece nesta segunda-feira, 25, celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional da Mulher Negra.
A realização do prêmio será no Teatro Jorge Amado, na Pituba, em Salvador, a partir das 17h, com entrada gratuita.
Mulheres que serão homenageadas com o prêmio Maria Felipa:
Adriana Quintiliano, modelo e digital influencer; Madá Negrif, empresária; Salcy Lima, jornalista e apresentadora da Record TV; Patrícia de Carvalho, advogada; Laina Pretas por Salvador, vereadora; Kenia Maria, defensora dos direitos das mulheres negras – ONU; Carla Verena, empresária; Naiara Oliveira, jornalista; GCM Cleu, da Guarda Municipal do RJ; Magaly de Souza Menez, procuradora-geral de Porto Seguro; Dinsjani Pereira, coordenadora de Infância e Juventude de Salvador; Antônia Faleiros, juíza criminal; Cynthia Martins, âncora da TV Band Brasil; Ana Trindade, jornalista; Denise Melo, empresária e trancista; Paula Sanffer, cantora; Livia Calmon, jornalista; Yldene Martins, advogada; embaixadora de Gana no Brasil, Abena Busia; Vânia Dias, apresentadora de TV; Karine dos Santos, empreendedora; Ana Patricia, advogada.
A cerimônia de premiação será conduzida pela vereadora licenciada Ireuda Silva (Republicanos).
História
Esta data foi instituída em 1992, no 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, na República Dominicana, e reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), e tem como objetivo visibilizar a imagem da mulher negra em uma sociedade como todo, pautando as lutas políticas, públicas e sociais.
Por isso, o Julho das Pretas traz consigo o símbolo de resistência, no qual é conhecido pela militância política, que teve início em 2013 na Bahia e com o passar dos anos tem fortalecido e inspirado milhares de mulheres por todo o Brasil.
O movimento é representado pela Odara – Instituto da Mulher Negra, que todos os anos traz temas de grande importância e necessidade para o gênero feminino, correlacionando discussões entre superação e as desigualdades de gênero e raça.
A agenda coletiva está proporcionando desde o início do mês de julho, 427 atividades realizadas por mais de 200 organizações de mulheres negras em 18 estados brasileiros, além de uma atividade em Paris, na França.
Quem foi Maria Felipa?
Maria Felipa de Oliveira foi uma marisqueira e pescadora que viveu na Ilha de Itaparica. Assim como Joana Angélica e Maria Quitéria, ela lutou pela Independência da Bahia.
Em 1823, liderou um grupo composto por mais de 200 pessoas, entre as quais estavam índios tupinambás e tapuias, além de outras mulheres negras, nas batalhas contra as tropas portuguesas que atacavam a Ilha. Conta-se que o grupo foi responsável pela queima de pelo menos 40 embarcações portuguesas.
Outros eventos em Salvador
Entre os dias 25 e 29 de julho, acontece a Exposição “ Mulheres Negras escrevem o mundo”, na Biblioteca do Colégio Estadual Edvaldo Brandão Correia, Quadra 3, Caminho 1, Rua Bela Vista, Salvador – BA, das 9h às 16h. A exposição é organizada pelo Colégio Estadual Edvaldo Brandão Correia e a visitação está liberada de forma presencial, atendendo os protocolos de saúde.
Outras informações sobre a exposição através do Instagram: @escrevivenciasafrobaianas
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