Com objetivo de lançar novos olhares sobre os bairros das periferias de Salvador surge o Coletivo Entre Becos. Liderado por mulheres, a newsletter distribui de forma gratuita e quinzenal, reportagens contrapondo as narrativas violentas e estereotipadas sobre esses bairros.
O grupo é formado por jornalistas, cientistas sociais e agentes culturais periféricos. Sob a coordenação de quatro mulheres: Brenda Gomes, Bruna Rocha, Rosana Silva e Gabrielle Guido, estão 9 correspondentes de bairros como Sussuarana, Itapuã, Engenho Velho de Brotas e Federação, Garcia e Nordeste de Amaralina.
Criado a partir do projeto da Agência Mural em Salvador, as diversidades, potências e iniciativas periféricas soteropolitanas são pauta principal do boletim de notícias.
“Sou nascida e criada no Nordeste de Amaralina, um bairro que normalmente é retratado a partir das notícias policiais. Enquanto uma jornalista periférica e mulher negra, é o meu dever contar as histórias incríveis que existem nesse lugar, afirma a estudante de jornalismo Bruna Rocha.
Lançada no início deste nês, a edição 0 da newsletter apresenta a proposta do boletim e conta a trajetória do coletivo que, por meio do jornalismo, vem buscando espaços para contar as histórias vindas dos becos e vielas da cidade. A publicação já está disponível no link da plataforma.
“A newsletters Entre Becos é resultado do nosso desejo de cobrir as lacunas de informações acerca das periferias, abordando assuntos voltados à saúde e bem-estar, educação, meio ambiente, arte e cultura, a partir do jornalismo local”, explica a jornalista Rosana Silva.
A jornalista, Brenda Gomes, explica que além da newsletter, como forma de alcançar e impactar mais pessoas, por meio de uma lista de transmissão, o coletivo também envia as reportagens por WhatsApp. Para receber as informações via WhatsApp, basta mandar uma mensagem para: (71) 9238-6768 e fazer parte da lista de transmissão do coletivo.
“Buscamos levar de forma qualificada informações sobre os bairros periféricos de Salvador para os moradores destes bairros. A gente fala de nós para nós mesmos. A fim de que as pessoas possam ter uma outra visão desses espaços, né? Dessas periferias que também fazem parte da cidade, apesar de não estarem no centro”, concluiu Brenda.
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