Sarau do “Gheto” celebra 8 anos nas periferias de Salvador

Crédito: Elinas- Elinaldo Nascimento

Neste sábado, 29, acontece a 8ª edição do Sarau do Gheto, a partir das 16h, no Recanto do Moura em São Caetano, rua Rezende de Jesus, 06, fim de linha, em Salvador, onde fica a base do sarau.

O evento terá a participação de poetas e artistas que fizeram parte da construção da história do sarau e membros da Batalha da Resistência, de Paripe, subúrbio da capital baiana.

O sarau surgiu com um objetivo triplo: ser itinerante, fortalecer a economia de comunidades e popularizar por ações culturais bairros estigmatizados de Salvador.

O evento que surgiu em uma das paisagens mais belas de Salvador, na comunidade do Solar do Unhão, em setembro de 2014, também terá uma programação especial para o mês de novembro e para o fim do ano.

Origem e histórico do Sarau do Gheto

Tudo começou quando o poeta Pareta Calderasch, morador da comunidade do Solar do Unhão decidiu criar um sarau nos arcos da comunidade, um local estigmatizado de Salvador mas que atualmente as pessoas já frequentam em grande número.

Dessa forma o Sarau do Gheto aconteceu na Ladeira da Preguiça com uma edição gastronômica, no Solar Boa Vista em Brotas, fez parte do Festival Caymmi de Música, do projeto Pelourinho Dia e Noite e participou do programa MULTI da TVE comemorando o aniversário do programa, naquele que foi o Sarau do MULTI, durante a pandemia lançou a batalha de poesia Slam do Gheto e esse ano voltou a funcionar fisicamente no bairro de São Caetano.

O Recanto do Moura é um dos empreendimentos em funcionamento mais antigos no bairro, passado tradicionalmente de pai para filho.

Para Pareta Calderasch “a poesia é um objeto de transformação que me dá esperança de mudança na nossa sociedade e os saraus poéticos são o caminho dessa transformação”.

De acordo com o poeta, O Sarau do Gheto utiliza essa grafia por abordar todos os tipos de guetos existentes, não só o gueto físico, mas também os psicológicos, isso significa resistir a todo tipo de opressão e dar esperança para as pessoas por meio da poesia.

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Paulo de Almeida Filho
Jornalista, Especialista em Comunicação Comunitária, Mestre em Gestão da Educação, Tecnologias e Redes Sociais - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Editor da Agência de Notícias das Favelas. Pesquisador do CRDH- Centro de Referência e Desenvolvimento em Humanidades - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Professor de Pós Graduação, em Comunicação e Diversidade, na Escola Baiana de Comunicação. Assessor da REDE MIDICOM- Rede das Mídias Comunitárias de Salvador. Membro do Grupo de Pesquisa TIPEMSE - Tecnologias, Inovação Pedagógicas e Mobilização Social pela Educação. Articulado Comunitário do Coletivo de Comunicação Bairro da Paz News. Membro da Frente Baiana pela Democratização da Comunicação. Integrante do Fórum de Saúde das Periferias da Bahia. Membro da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito- Núcleo Bahia. Integrante da Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadores Coordenador Social do Conselho de Moradores do Bairro da Paz, EduComunicador e Consultor em Mídias Periféricas.