Do dia 25 de novembro ao dia 10 de dezembro , todas as lideranças  feministas , entram no período dos 16 dias de ativismo pela eliminação da violência contra as mulheres e meninas , no Brasil e no mundo.

Mas de onde surgiu essa militância ? Por quê nessa data ?

Vamos entender essa história direitinho…

” Em 17 de dezembro de 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou que 25 de novembro é o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher, em homenagem ao sacrifício de Las Mariposas.

A data foi escolhida para homenagear as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), dominicanas que ficaram conhecidas como Las Mariposas e se opuseram à ditadura de Rafael Leónidas Trujillo, sendo assassinadas em 25 de novembro de 1960.

A violência contra mulheres, adolescentes e meninas tem sido pesquisada nas suas diversas formas e nos mais variados contextos. Em especial, o lar tem se mostrado como um espaço inseguro para muitas mulheres. Estima-se que uma em cada três mulheres tem vivenciado violência física e/ou sexual por parceiro íntimo ao longo da sua vida. Neste âmbito, embora não seja o único, tem sido identificado o parceiro íntimo como principal agressor.

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que, em 2018, foram 1206 vítimas de feminicídios. Nos casos em que se identificou o agressor, 88,8% das mulheres foram violentadas pelo companheiro ou ex-parceiro, sendo, a residência, um espaço de vulnerabilidade. Em uma análise por faixa etária, este fenômeno é significativamente maior em mulheres em idade reprodutiva. O relatório evidencia que, quando o feminicídio é decorrente da violência doméstica, é frequente observar que esta resulta de uma série de violências vivenciadas anteriormente no vínculo afetivo.

A subnotificação da violência é um problema frequente que incide na estimação do número real de casos. Estudos que exploraram a trajetória das mulheres em situação de violência demostraram que, desde a percepção delas, a relação com os serviços de saúde como rede social secundária são frágeis, além de apresentar dificuldades na visualização deles como espaço de prevenção e reabilitação . Por esse motivo, é preciso abordar o tema da violência como problema de saúde pública. Esta abordagem permitirá que as mulheres possam identificar as instituições de saúde como espaços acolhedores e de proteção.

Reconhecer a violência contra a mulher desde a perspectiva da saúde pública é uma oportunidade de compreender este fenômeno em sua multidimensionalidade e, em consequência, desenvolver uma resposta multi-setorial. Uma das vantagens de incorporar o rastreamento da violência nos serviços de saúde sexual e reprodutiva radica na oportunidade das esquipes estabelecerem um vínculo entre as mulheres e os serviços, na região, para o atendimento especializado a sobreviventes de violência doméstica e intrafamiliar. ”

Dados da pesquisa : https://www.caism.unicamp.br/index.php/blog-2/493-25-de-novembro-dia-internacional-da-eliminacao-da-violencia-contra-a-mulher#:~:text=A%20data%20foi%20escolhida%20para,25%20de%20novembro%20de%201960.

Nesse contexto , portanto , é nítido constatar que as mulheres e meninas , negras e periféricas, são a maioria das vítimas, sejam pelos diversos fatores raciais , territoriais e socioeconômicos.

Desde 1997, a Casa da Mulher Trabalhadora ( Camtra , no Instagram : @camtra.cmt  ), na figura de sua fundadora Eleutéria Amora da Silva , vem  implementando  uma série de eventos , articuladas com diversas Organizações feministas , pelo Dia 25 de novembro , nas comunidades do Rio e Grande Rio , e, nos últimos 2 anos , também nas cidades do Pará , Acre , São Paulo e Rio Grande do Sul.

Cabe ressaltar a importância dessas ações com a distribuição de vasto material impresso ( cartilhas , livros e todas as legislações inerentes  ao tema da violência doméstica e de gênero) , além de preservativos femininos e masculinos , gel lubrificante entre outros.

Mulheres unidas salvando as mulheres vítimas em todo Brasil !

Afinal de contas : VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NÃO É O MUNDO QUE A GENTE QUER !

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