Diáspora.Black realiza mentoria de negócios no Festival Salvador Capital Afro

Vale do Dendê, Terreiro de Jesus, Centro Histórico de Salvador. Crédito: Ubiraci Santos/ANF.

Com a finalidade de promover a evolução de iniciativas de afroturismo na capital baiana, o Diáspora.Black realizou no último sábado, 3, no Terreiro de Jesus, Centro Histórico de Salvador, capacitação para “fomentar e desenvolver o ecossistema com guias de turismo, agências, empreendedores, coletivos ou associações culturais ligadas à cultura negra, para promover conteúdos, desenvolvimento, conexão e pertencimento”.

Na concepção do co-fundador do Diáspora.Black Antônio Pita, a atividade buscou “fomentar o desenvolvimento de novas temáticas para o turismo, valorizando a cultura e memória negra em diversos territórios. Com essas temáticas, podemos desconstruir estigmas sobre a população negra em todos os territórios, inclusive nas periferias, e dar credibilidade à potência negra de cada lugar. Existem muitas histórias e temas valiosos nas periferias, com histórias de talento, criatividade e inovação. Valorizar essa potência é possível também com o turismo, recebendo temas para mostrar a cultura autêntica do local”.

Das propostas apresentadas no evento, também há possibilidade de instituir a Rota Afro da Ferinha no Nordeste de Amaralina, em Salvador, a partir da mentoria concedida pelo Diáspora.Black, ainda, na apresentação de iniciativas e produtos afroturísticos, um morador da região do Nordeste de Amaralina (Santa Cruz, Nordeste de Amaralina, Vale das Pedrinhas e Chapada do Rio Vermelho) e Guia de Turismo Regional comentou sobre estratégia para o fortalecimento da cultura e inclusão do afroturismo na comunidade.

Uma das mentoras, Rosângela Gonçalves, analista de atendimento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Ba). Crédito: Ubiraci Santos/ANF.

A mentoria contou com as exposições de Isabela Santos, do projeto Sampa Negra, um projeto de Afroturismo e Cartografia Afetiva através de rotas em São Paulo (@sampanegra); Tânia Neres, pertencente ao Coletivo e Afroturismo com um grupo de especialista em Turismo Afro (@neres.tania); Rosângela Gonçalves, analista de atendimento do Sebrae Bahia (@rosabisgon).

Segundo uma das monitoras do Festival Salvador Capital Afro, Deise Rosário Silva, “o projeto atua incentivando e oportunizando atualizações no campo do empreendedorismo, turismo e cultura para a população negra de Salvador, contando com a participação do contingente negro tanto como colaborador, como em outras participações. O Salvador Capital Afro (SCA) surge como um evento inovador na cidade, valorizando a cultura afro-brasileira e fortalecendo as projeções do público periférico da cidade. O SCA já contou com edições nos bairros da Liberdade, Rio Vermelho, Centro Histórico de Salvador e Itapoã, oferecendo, mentorias, oficinas e palestras nas áreas de empreendedorismo, educação, turismo, cultura, marketing digital e audiovisual”.

Deise ainda enfatizou sobre “a importância de projeto como esse, se apresenta de forma notória ao perceber a grande participação das comunidades negras, tudo isso enxergando no SCA um espaço de potencialização e transmissão cada vez mais ampla de suas produções”.

Roda de apresentação de iniciativas e produtos afroturísticos. Crédito: Antônio Pita, co-fundador do Diáspora. Black.

Para a assistente de produção executiva do Projeto SCA, Júlia Nery informou que sendo a primeira experiência profissional está “aprendendo de tudo um pouco, planejamento, controle financeiro, pré a pós-produção, além de estar aprendendo cada vez mais sobre essa causa e suas diversas vertentes e discussões sociais” ainda porque, “meu objetivo de intervenção social e ajudar a disponibilizar e viabilizar cada vez mais espaço para visibilidade preta”.

A ação foi efetivada pelo Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), por meio da Prefeitura de Salvador e Diáspora.Black, com apoio da Equipe AFROMOV.

Mais informação no portal Diáspora.Black, hub de cultura negra.