Começo de governo de oposição ao anterior é assim mesmo, a gente nem aprendeu o nome do general que entrou e ele já deu lugar a outro, mais, digamos, afinado com os princípios democráticos do novo presidente. Foi assim que o general Júlio Cesar de Arruda, comandante do Exército há duas semanas, foi exonerado por Lula neste sábado, nem sei se ainda em Roraima ou já de volta à Brasília, pessoalmente.
Arruda não entendeu o alcance e a força dos ventos que sopram no planalto central desde o dia 1º de janeiro. O presidente mandou tirar o tenente-coronel Mauro Cid do comando de um dos batalhões do Exército em Goiânia, posto que assumiu no dia 1º de janeiro. Conhecido como coronel Cid, foi o ajudante de ordens de Jair Bolsonaro durante todo o seu mandato.
O general Arruda refugou, disse que não podia etc e tal, e perdeu o assento para o comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva. Este, pelo menos, elogiou o governo e defendeu o resultado das urnas em discurso diante da tropa. Já o Arruda volta ao ninho bolsonarista de onde voou inadvertidamente. O tenente-coronel Mauro Cid, deve perder o novo cargo o mais cedo possível.
Como o Exército é uma enorme família, Cid foi Ajudante de Ordens de Bolsonaro, e Ribeiro Paiva foi chefe de gabinete do general Eduardo Villas-Boas, comandante do Exército no impeachment de Dilma Rousseff