No ano passado, as áreas atingiram recorde histórico de desmatamento, com mais de 10 mil km².
Em janeiro deste ano, os alertas de desmatamento na Amazônia Legal caíram 61%. Os dados são menores comparados com o mesmo mês em 2022, segundo o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O dado que é a quarta menor marca história no Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real – Deter, registrou o alerta de apenas 167 km², enquanto no mesmo mês em 2022, o índice chegou a 430 km².
No mesmo ano, de janeiro até dezembro, as áreas com alertas de desmatamento chegaram a atingir um recorde histórico, com mais 10 mil km², o pior resultado anual, que iniciou em 2015.
Apesar da Amazônia está no período de estação chuvosa, que dificulta as atividades relacionadas ao desmatamento, a queda nos alertas também pode ser justificada devido as mudanças em curso na gestão federal, é o que afirma o ambientalista Carlos Durigan.
“Entendo que ainda é cedo para comemorarmos, mas é possível que esta tendência de diminuição do desmatamento seja uma combinação de dois fatores. Uma influência das mudanças em curso na gestão federal com a reestruturação dos órgãos ambientais de estado – que já iniciaram ações de monitoramento e estruturação de ações em campo, o que gera uma onda de desestímulo a desmatadores ilegais”, explicou o ambientalista.