“A fome atinge 33,1 milhões de pessoas no Brasil”, “apenas quatro entre 10 famílias têm pleno acesso à alimentação”. Essa é a dura realidade de famílias atendidas pelo projeto do Mercadinho Solidário MP, que, por falta de doações, teve que parar as atividades.

O “MP” está relacionado à Associação Mulheres da Parada São Jorge, formada por negras periféricas da cidade de São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, capital. O Associação começou em 2020.

Entre os vários projetos desenvolvidos, o mais procurado é o Mercadinho Solidário MP, que nasceu através da iniciativa da Letícia da Hora e de outras mulheres para garantir alimentação digna às famílias mais vulneráveis da comunidade Parada São Jorge.

O começo e o fim

“Iniciamos a distribuição de cestas básicas para apoiar as famílias com insegurança alimentar, agravada pelo isolamento social da pandemia. No Mercadinho as famílias escolhem os alimentos de graça”, conta Letícia da Hora.

Outras organizações replicaram a ideia, como o Coletivo À Margem, em Niterói. Mas onde a ideia surgiu, parou. Os últimos atendimentos no Mercadinho Solidário MP aconteceram em janeiro. “A gente tinha umas dez cestas, que foram doadas a pessoas que perderam tudo devido à chuva. Estamos zerados e sem perspectiva de retorno”, diz Letícia da Hora.

Mulheres na parada

A Associação Mulheres da Parada São Jorge atua em frentes como segurança alimentar, empreendedorismo, formação profissional e meio ambiente. Seus projetos são destinados a meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica, prioritariamente de baixa escolaridade.

No último ano, ofereceram 264 serviços e cerca de 13.776 pessoas foram beneficiadas diretamente. Além do Mercadinho Solidário MP, outros dois projetos similares são Donas da Agro, que incentiva a alimentação digna e a diminuição dos efeitos das mudanças climáticas; e Donas da Parada, que promove cursos profissionalizantes na área da estética, arte, gastronomia, empreendedorismo, empoderamento feminino e economia familiar.

Missão na favela

Fomentar uma sociedade igualitária e fraterna com desenvolvimento social e comunitário, a partir do empoderamento feminino e protagonismo de mulheres negras, é a missão da Associação.

Elas pretendem ser uma referência em organização de mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica, incluindo atuação socioambiental em favelas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

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