Aumento da violência nas escolas liga um alerta na sociedade.
A violência nas escolas públicas ou privadas, assim como nas universidades, não é algo recente, em diversos países, inclusive Brasil.
De acordo com um levantamento feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil está entre os países que mais sofrem com agressões contra professores nas escolas.
Um espaço de valorização da cultura da paz, desenvolvimento intelectual, aprendizagem e construção, tem se tornado um ambiente inseguro e assustador para estudantes e profissionais da educação.
Só no primeiro trimestre deste ano, diversos casos vêm ganhando repercussão nacional, e isso tem preocupado tanto os gestores públicos, quanto a população em geral.
Casos no Brasil
No dia 27 de março, um adolescente de 13 anos invadiu uma escola em Vila Sônia, Zona Oeste de São Paulo e o ato violento vitimou com morte, a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos e outras pessoas ficaram feridas.
O caso chocou o país, fazendo com que toda população ficasse em alerta quanto a segurança nas escolas.
No dia 05 de abril, outro episódio, um homem invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, no Vale do Itajaí com uma machadinha, atingiu nove crianças, cinco delas ficaram feridas e quatro vieram a óbito.
Estratégias de prevenção
Diante dos casos que vem acontecendo no país, o Portal Nacional de Educação lançou neste mês de abril, um Mapa da Violência Escolar. Este poderá ser preenchido por autoridades e veículos de imprensa de acordo com o conhecimento dos casos de violência nas escolas.
O objetivo desse mapeamento é poder levantar dados para construção de projetos de lei sobre a temática.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com a organização não-governamental SaferNet Brasil disponibilizou um canal para receber denúncias de ataques a escola, o canal está dentro da plataforma do Governo Federal, e essas denúncias serão analisadas por equipe especializada do Laboratório de Operações Cibernéticas.
O enfrentamento da violência nas escolas não se dar apenas por parte governamental, mas se por toda uma rede de apoio (família, sociedade, governantes), que possam debater e discutir acerca dos pontos que levam a esse nível de violência desacelerado.
Os discussões acerca das medidas a serem tomadas seguem nos poderes públicos, mas é valido ressaltar que o papel da família é fundamental na proteção das crianças.
Alguns especialistas alertam quanto ao monitoramento às crianças e adolescentes, pois nos últimos tempos as más influências tecnológicas têm sido preocupantes.
Saúde mental e a violência
Um outro ponto que merece destaque é quanto a discussão da saúde mental dos jovens e crianças, pois cada vez mais estão sendo afetados.
Dados da Organização Mundial da Saúde, informa que 14% da população do mundo, entre 10 e 19 anos possuem alguma condição que prejudica a saúde mental.
O cuidado, portanto merece ser colocado em prioridade, assim como outras prevenções, com o que as crianças estão consumindo no mundo das tecnologias, para assim evitar-se problemas maiores.
Frente a isso os órgãos responsáveis pela fiscalização e plano de ação continuam com medidas de proteção e buscam por soluções cabíveis para melhoria das condições nas escolas.
Por: Rose Cunha
@rose.cunha.santos