A Paróquia de São João Batista foi construída em estilo barroco, o templo católico criado em 8 de maio de 1758, contou em sua edificação com a participação de padres jesuítas, além de mão-de-obra indígena e negra.
Uma das construções religiosas mais antigas do Estado do Rio Grande do Norte recebeu homenagens dos Arezenses pelos seus 265 anos de participação na vida social da cidade.
Obra arquitetônica de grandes proporções tem como responsável o pároco Pe. Gilson Klaus Barbalho, o mesmo vem desenvolvendo um trabalho de “Pregação e Cuidado do Rebanho de Deus”, que lhe foi confiado.
A programação de celebração que aconteceu no último dia 8, contou com missas em ação de graças pelo aniversário de criação da paróquia, alvorada festiva com participação de bandas marciais/fanfarras, banda da polícia militar, bolo de 26,5 metros, apresentação do coral dos 265 anos, criado especialmente para esse momento e regido pelo músico e cantor Giovany Nascimento.
Tristeza na festa
Após as festividades, a população arezense recebeu a notícia da morte do “cachorro coroinha” (nome como era chamado por todos, o cachorro da paróquia). O cachorro coroinha foi encontrado morto com sinais de envenenamento.
Católicos do município repercutiram indignados nas redes sociais sua morte, já que o mesmo era conhecido de todos por não perder nenhuma missa na Igreja de São João Batista.
Punição
Na esfera penal, maus tratos contra cães e gatos – animais, o crime é previsto pelo artigo 32 da lei nº 9.605, com alteração da lei nº 14.064/2020, prevendo pena de reclusão de 2 a 5 anos, multa e proibição da guarda. Em caso de morte do animal, a pena pode ser aumentada em de ⅓ a ⅙.
Desde a pré-história, os animais eram tratados como mercadorias. Quando não serviam mais, eram descartados, salientando-se que a preocupação não consistia na vida do animal, e sim nos interesses pessoais do ser humano. Não importava se o animal sentia calor, frio, fome, sede e dor, sob alegação de que este não possuía alma. A primeira legislação contra os maus-tratos aos animais não humanos foi aprovada na Irlanda, em 1635, na qual proibia arrancar os pelos das ovelhas e amarrar arados nos rabos dos cavalos.
Até quando seremos insensíveis a todos os animais?
Compartilhamos o mesmo ar – o animal, a árvore, o homem, todos. Já parou para pensar o quanto os bichos são importantes? É hora de valorizá-los.
Porém nos questionamos, os animais de estimação vão para o céu? O Papa Francisco afirmou certa vez no ano de 2014 numa reportagem do New York Times: “Um dia, veremos nossos animais novamente na eternidade. O paraíso é aberto a todas as criaturas de Deus”.
Sem dúvida alguma, o cachorro coroinha foi escolhido e acolhido no céu pelo padroeiro da ecologia e dos animais – São Francisco, em meio há dias de festas por excelência, para toda a comunidade católica arezense.