Profissionais da educação do Amazonas recusaram, durante assembleia geral realizada nesta terça-feira (30), a contraproposta do governo de 14% de reajuste salarial, e decidiram manter a greve que já vai para a terceira semana. A categoria pleiteia reajuste de 25%.
De acordo com assessoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), o principal motivo é a demora para o cumprimento de decisão que prevê aumento de 25%. É foi a segunda vez que o governo apresentou proposta à categoria. A primeira prévia reajuste de 8%.
“Recusamos a proposta porque o Governo do Estado quer pagar 8% neste ano e 6% em julho de 2024, isso quando já estiver correndo a outra data base”, explicou a Ascom do Sinteam por meio de nota.
No Amazonas, a maior greve do setor da educação foi em 2019, com 41 dias de greve. Até o momento, 55 municípios estão em greve e apenas sete não aderiam. A próxima reunião deve ocorrer na quarta-feira (31).
Inflação justifica reajuste
Para a professora Silvia Moraes, de 37 anos, que ministra aulas desde 2016, desde a última greve em 2019/2020, um dos motivos para o reajuste é a mudança na economia do país.
“O nosso reajuste é feito através de uma lei que não está sendo cumprida. Muita coisa mudou, tudo está mais caro, a gasolina, o gás de cozinha, a cesta básica. O nosso salário não acompanhou a inflação ocorrida nesse período”, relata.
A categoria também reivindica o reajuste do vale transporte e vale alimentação, além da progressão de servidores com tempo de serviço, pós-graduação, mestrado ou doutorado.
A reportagem tentou contato com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc) , pelos números 92 98124-2626 e 92 98100-8787, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta.