Edvaldo Macedo

Durante os primeiros 60 dias do governo do prefeito Rubens Bomtempo, a cidade foi surpreendida por precipitações intensas que deixaram marcas profundas, testando a resiliência e a capacidade de recuperação de Petrópolis.

A quantidade de chuva excedeu as médias sazonais que, somadas à ausência de obras de contenção e dragagem dos rios, resultaram em inundações e deslizamentos de terra em várias localidades.

Órgãos fundamentais, como a Defesa Civil e a Assistência Social, foram assumidos sem insumos e equipamentos básicos para oferecer à população. Esses eventos impactaram duramente a vida das pessoas e a infraestrutura da cidade.

Se não fosse a experiência de gestor e a capacidade do prefeito Rubens Bomtempo de liderar todo esse processo de resposta, tudo teria sido ainda mais desafiador para o governo e para a população.

Impacto das chuvas agrava dificuldades já enfrentadas devido à pandemia
O impacto das chuvas não se restringiu apenas ao âmbito social, atingindo também a infraestrutura e a economia de Petrópolis de maneira avassaladora.

Estradas foram destruídas, pontes ruíram e áreas de risco se multiplicaram, tornando a mobilidade e o acesso a serviços básicos um desafio diário para a população afetada. Os desastres naturais não trouxeram apenas ansiedade, mas também impuseram dificuldades financeiras à população, exacerbando uma situação já agravada pela pandemia e pela falta de apoio do governo estadual e federal.

Pandemia piorou as coisas

A conjuntura pandêmica, que se estendeu por grande parte de 2020 e 2021, deixou uma marca profunda na economia e na sociedade brasileiras. Em Petrópolis não foi diferente. A ausência de suporte financeiro adequado e de medidas restritivas para conter a disseminação do vírus criou um cenário de pobreza extrema para muitas famílias.

Além disso, o país enfrentou, nos últimos anos, ataques à democracia e um governo que flertou com o fascismo, com o negacionismo e com o radicalismo, em um verdadeiro desmonte das políticas públicas de assistência social, saúde e educação.

Suspensão do programa de apoio financeiro após a tragédia

A interrupção abrupta do programa Supera RJ, que beneficiava mais de 65 mil famílias, deixou um vácuo significativo de suporte financeiro, lançando muitos desses beneficiários a uma realidade de incertezas.

Além disso, a falta de recursos diretos do governo federal para a reconstrução pós-tragédia climática colocou Petrópolis em uma posição ainda mais difícil. Praticamente todas as intervenções são feitas com recursos próprios, em flagrante afronta ao pacto federativo.

Enquanto o Rio Grande do Sul recebeu uma ajuda substancial de 741 milhões, a cidade não recebeu um suporte equivalente. Essa disparidade de auxílio levanta questões sobre a existência de programas capazes de auxiliar na recuperação das cidades: afinal, Petrópolis continua lutando para garantir que 4 mil famílias afetadas recebam o aluguel social e outras tantas possam receber compensações financeiras por conta da demolição de seus imóveis em prol das obras de contenção.

Novos investimentos em infraestrutura

Só nessa operação de compensação, o município, de forma inédita, investe mais de 28 milhões para transformar a vida de centenas de famílias. A recuperação das áreas afetadas é um desafio complexo e oneroso para o município. O Estado sequer avançou na reconstrução de áreas que havia se comprometido no primeiro momento.

A restauração da infraestrutura e o apoio às famílias desalojadas exigem recursos financeiros e logísticos substanciais, que a cidade não possui integralmente. Isso a coloca em uma situação delicada, visto que a reconstrução é crucial para o restabelecimento da normalidade e o retorno à rotina cotidiana.

A união da comunidade e o compromisso do governo para construção de um futuro sólido
Diante de tais desafios, é imperativo que a comunidade se una em busca de soluções. A pressão por apoio federal e a busca de alternativas locais para ajudar as famílias em situação de vulnerabilidade são essenciais.

A solidariedade e a mobilização da sociedade civil tornam-se elementos fundamentais para enfrentar esses tempos difíceis. Juntos, é possível construir um futuro mais promissor e resiliente para a cidade e sua população. Acreditamos que só um governo que trabalha para o povo, olhando para a ponta, como vem fazendo o prefeito Rubens Bomtempo, têm a capacidade de devolver à cidade de Petrópolis seu devido protagonismo no país.

Iniciativas como a criação do Conselho e do Fundo Municipal de Proteção e Defesa Civil, a realização de concurso público, o aprimoramento constante do plano de contingência, o retorno dos núcleos comunitários de defesa civil, a atualização do Plano Local de Interesse Social, bem como a aquisição de materiais e insumos para enfrentamento de emergências fazem toda a diferença.

Fernando Araújo
Secretário de Assistência Social, Habitação
e Regularização Fundiária de Petrópolis

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