Nesta quarta-feira, 10, o Movimento Vai ter Gorda, comemora 8 anos pautando o empoderamento, saúde e autoestima feminina, combatendo o preconceito e as pressões estéticas do corpo da mulher da mulher gorda na sociedade.
O movimento Vai Ter Gorda vai promover uma ação a partir das 11h, no Farol da Barra, em Salvador.
Sua atuação começou em Janeiro de 2016, com a funcionária pública, produtora de eventos, modelo e miss plus size Bahia, Adriana Santos (que já atua na luta contra o preconceito com pessoas gordas há mais de 7 anos) através de uma atividade na praia (Vai ter Gorda na Praia).
O evento ganhou notoriedade e seriedade na luta contra a Gordofobia, sendo destaque na capa dos principais jornais no Estado da Bahia, nos blogs, em rádios e nas TVs.
O Movimento Vai Ter Gorda incentiva ações que valorizam as pessoas gordas na sociedade como seres humanos e respeitando as diferenças. Atingindo pessoas que estão acima do peso, com baixa autoestima e que muitas vezes são visibilizadas pela nossa sociedade.
“Temos visto os efeitos positivos do movimento em que as mulheres são acolhidas, se sentem representadas e felizes por compartilharem as experiências vividas, o que as empoderam”.
O movimento é unissex, homens e mulheres podem participar das atividades e ações. Usamos o nome GORDA para empoderamento e afirmação quanto ao gênero e ao corpo.
“Não fazemos apologia à obesidade. E acreditamos que pelo fato das pessoas gordas em sua maioria sempre serem visibilizadas ou quando vistas serem de maneira cômica ou negativa a questão da gordofobia nunca foi amplamente discutida pela sociedade”.
Entre os casos mais comuns de preconceito, discriminação e gordofobia que as integrantes relatam (que chegam em muitas situações a serem cômicas e desconfortáveis) por exemplo: quando ficamos presas na catraca de ônibus e departamentos, quando ficamos presas nos assentos e poltronas, quando o cinto de segurança não fecha na gente, quando quebramos um cadeira, ao ir em restaurante, clubes, praias e provadores de roupas.
E também sofremos preconceito em situações negativas e desvalorizadas, somos vistos como preguiçoso, doente, comilão, fedorento e em algumas pessoas chega a causar asco.
Nossa relação com o público é de informar sobre nossas atividades, divulgar palestras, cursos, seminários e tudo que envolve o empoderamento da mulher.
Recebemos diariamente várias mensagens e depoimentos de meninas que elevaram sua autoestima após saber do movimento e participar também das atividades.