Ambientalistas alegam que a construção do teleférico resultará em danos significativos ao Parque São Bartolomeu, subúrbio de Salvador, ameaçando a flora e a fauna.
Um ponto crítico é a área que abriga a Cachoeira de Oxumaré, considerada sagrada para as religiões de matriz-africana. Para eles, o projeto representa não apenas um ataque ao meio ambiente, mas também um desrespeito à religiosidade e à história local.
A Prefeitura de Salvador está desenvolvendo um projeto de teleférico que pretende conectar os bairros de Campinas de Pirajá e Praia Grande, na Região do Subúrbio. A proposta inclui uma passagem pelo Parque São Bartolomeu, desencadeando preocupações sérias entre os defensores da preservação ambiental.
A ausência de transparência e diálogo por parte da prefeitura agrava a controvérsia em torno do projeto. Não se vê posicionamento nas redes sociais ou canais de comunicação por parte dos orgãos responsáveis e isso aumenta a insatisfação dos ambientalistas.
No último domingo, 10 de março, ocorreu uma manifestação, evidenciando claramente a insatisfação dos ambientalistas. Eles estão empenhados não apenas na preservação do meio ambiente, mas também na defesa incisiva da identidade cultural e religiosa.
A Fundação Mário Leal Ferreira, vinculada à prefeitura de Salvador, nega que a construção de um teleférico no Parque São Bartolomeu vai desmatar a área.
O Instituto Trilha das Flores publicou um texto alegando que as pilastras do teleférico seriam construídas na área das nascentes que alimentam as cachoeiras do parque.
A fundação, no entanto, informou que o equipamento será aéreo, descartando que pilares serão erguidos.
A entidade também disse que as nascentes das cachoeiras de Nanã e Oxum, assim como o rio Mané Dendê, são coletores de esgoto a céu aberto, que têm sido drenados e recuperados.
O órgão também afirmou que o teleférico vai ligar o Subúrbio à Estação de metrô de Campinas de Pirajá, beneficiando cerca de 300 mil pessoas.
A obra terá início no começo de 2025 e deve durar um ano. Serão 4 estações.