Começa neste sábado (11), às 12h, a 14ª Festa Literária das Periferias (FLUP), edição que faz homenagem à historiadora, poeta, cineasta e intelectual Beatriz Nascimento. A escritora Conceição Evaristo e a filósofa Helena Theodoro realizam o debate “A noite não adormece nos olhos das mulheres”, mediada pela também escritora Bianca Santana, às 16h30; às 14h e às 16h15 acontece o Sarau Beatriz Nascimento, com Carol dall Farra, MC Martina, Josi de Paula e Winona Evelyn. A programação é gratuita, no Circo Crescer e Viver, na Praça Onze, Centro do Rio de Janeiro. O Pagode da Gigi, a partir das 19h, com participações de Marcelle Mota e Nina Rosa, encerra a programação.
Homenageada
Maria Beatriz Nascimento nasceu em Aracaju, capital do Sergipe, em 12 de julho de 1942 e morreu em 28 de janeiro de 1995, no Rio de Janeiro, onde formou-se em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e especializou-se na Universidade Federal Fluminense (UFF).
A historiadora fez parte do corpo discente do curso de mestrado em Comunicação Social da UFRJ. Ao longo de sua carreira, tornou-se uma da mais influente intelectuais dedicadas aos estudos das relações raciais no Brasil, e atuante ativista do movimento negro. Produziu obras como o documentário ORI, em 1989, e textos relevantes sobre o conceito de quilombo na história, raça, racismo e sexismo.
Assassinato
Em 1995, Maria Beatriz, aos 52 anos de idade, foi assassinada quando cursava mestrado em Comunicação Social, pela UFRJ. Na ocasião, ela aconselhou sua amiga, Áurea, a se separar do companheiro, Antônio Jorge Amorim Viana, após várias reclamações de violência doméstica. Em 28 de janeiro daquele ano, Antônio matou Maria Beatriz com cinco tiros, por vingança, pois achou que ela provocou o rompimento da união com Áurea, e que ela o teria ofendido na frente de seus amigos.
Serviço:
Festa Literária das Periferias-Flup
Abertura da agenda anual
Dia: 11 de maio de 2024, sábado
Hora: a partir de 12h
Local: Circo Crescer e Viver (próx. Estação Praça Onze)
Entrada gratuita
(Imagens FLUP e Arquivo Nacional)
