A Associação Pernambucana das Profissionais do Sexo (APPS), realizou nesta sexta (7), a Feira de Saúde, Beleza e Cultura, no Pátio de São Pedro, no centro do Recife. A atividade integra a programação do Dia Internacional das Prostitutas, comemorado no último dia 2 de junho. O evento contou com apresentação de passistas de frevo, show artísticos de drags, lançamento do livro do escritor Leonardo Tenório que é um homem trans e a participação do cantor Júnior Nascimento.
O Ministério do Trabalho e Emprego reconhece a prostituição como ocupação regular, inclusive são contribuintes obrigatórios da Previdência Social por força da Lei nº 8.212/91, sob o número 1007. No entanto, falta o reconhecimento como um trabalho, e a existem muitas barreiras no acesso à direitos para muitas prostitutas, pois a Lei 4.211/2012 do ex-deputado Jean Wyllys que regulamentava a prostituição foi engavetada.
Dia Internacional da Prostituta – É uma data comemorativa, que lembra a discriminação das prostitutas, as suas condições precárias de vida e de trabalho e a sua exploração. O ponto de partida para esse dia comemorativo foi o dia 2 de junho de 1975, no qual mais de 150 prostitutas ocuparam a Igreja Saint-Nizier em Lyon, a fim de chamar a atenção para a sua situação.
A coordenadora financeira da APPS, Vânia Rezende, ressalta a importância do evento para a classe das trabalhadoras do sexo e relembra a luta do movimento de prostitutas. “Faz 49 anos que 150 mulheres trabalhadoras sexuais invadiram uma igreja na cidade de Leon na França e reivindicam os seus direitos, porque vinham sofrendo muita violência e abusos. Hoje, nós estamos na rua para combater o estigma, discriminação putofobia e toda forma de violação dos direitos humanos dizer que trabalho sexual é trabalho digno”, afirmou Vânia.
Fotos de arquivo da APPS.