Os lançamentos dos documentários “Jaguaquara tem Axé”, “Quem é de Axé diz que é” e “Bairro da Casca”, vão acontecer no dia 21 de setembro, a partir das 18h, na Câmara de Vereadores de Jaguaquara- Bahia, com entrada gratuita. O objetivo é estimular o debate sobre intolerância religiosa no município e, assim, despertar a luta contra o racismo religioso. O evento também vai contar com exposições de produtos confeccionados nas oficinas de máscaras africanas e de esteiras de taboa. 

No documentário “Jaguaquara tem axé”, com direção do diretor Robson dos Santos, são retratadas as religiões de matriz africana que fazem parte da cultura local, apesar de, segundo pesquisa do IBGE, não existirem adeptos do candomblé na cidade. Sendo que, na realidade, existem mais de 18 terreiros no município.

No curta-metragem “Quem é de Axé diz que é”, o diretor Iury Henrique apresenta a luta contra a intolerância e o racismo religioso em Jaguaquara desde 2018 a partir da organização da caminhada que carrega o nome da obra. O filme mostra o crescimento do evento ao longo dos anos, com entrevista do idealizador, de um advogado e do poder público do município.

Também com direção de Iury, o filme “Bairro da Casca” narra a história do local que é conhecido por abrigar muitas pessoas descendentes de quilombolas. Localizado numa região periférica de Jaguaquara, banhado pelo Rio Casca que percorre boa parte da Bahia, nascendo em Minas Gerais, a localidade é muito importante para a cidade.

Aprovado no Edital de Chamamento Público Nº 002/2023 – Toca da Onça, referente à republicação corretiva do Edital de Seleção de Projetos para firmar Termo de Execução Cultural com recursos da Lei Complementar 195/2022 (Lei Paulo Gustavo) – Audiovisual.

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Valdeck Almeida de Jesus
Valdeck Almeida de Jesus é jornalista definido após várias tentativas em outros cursos, atua como free lancer, reconhecendo-se como tal há bastante tempo. Natural de Jequié-BA (1966), e escreve poesia desde os 12, sendo este o encontro com o mundo sem regras. Sua escrita tem como temática principal a denúncia: política, de gênero, de raça, de condição social, de preconceitos diversos: machismo, homofobia, racismo, misoginia. Coordena o movimento “Galinha pulando”, o qual pode ser visto no blog, no site e nas publicações impressas. Este movimento promove anualmente um concurso literário, aberto a escritores(as) do Brasil e do exterior. A poesia lhe trouxe o encantamento, mundos paralelos, as trocas, a autocrítica, a projeção de si e de outro(s), maior consciência de classe e de coletivo. Espera que as sementes plantadas se tornem árvores, florescendo e frutificando em solos assaz diversos. Possui 23 livros autorais e participa de 152 antologias. Tem textos publicados em espanhol, italiano, inglês, alemão, holandês e francês. Participa de vários coletivos da periferia de várias cidades, bem como de algumas academias culturais e literárias.