Ninha, do povo Potiguara, filiada ao PSD, foi eleita prefeita de Marcação, na Paraíba, no último domingo (6), com 76,79% dos votos válidos. Ela derrotou na disputa Angélica Barreto (Republicanos). Todos os nove vereadores eleitos são indígenas.

Marcação tem tradição de eleger mulheres indígenas. A atual prefeita, Lili (DEM), também é indígena Potiguara e apoiava a candidata que saiu vitoriosa na disputa. (O Poder)

Compõem a Câmara Municipal de Marcação cinco homens e quatro mulheres, sendo que apenas três deles foram reeleitos. A renovação, assim, foi de 33,3%. Nas eleições de 2020, oito dos nove vereadores eleitos eram indígenas.

Apesar de prefeita e vereadores eleitos serem todos indígenas em Marcação, o vice-prefeito eleito, Zé Pedro (União Brasil), se autodeclarou pardo.

Veja os vereadores eleitos em Marcação:

  • Rafa de Camurupim (PSD)
  • Nino de Tramataia (União Brasil)
  • Kelly Bernardo (PSD)
  • Avenys Soares (União Brasil)
  • Lourdes (PSD)
  • Josa de Camurupim (União Brasil)
  • Pituca de Tramataia (União Brasil)
  • Gil (Republicanos)
  • De Condado (Republicanos)
  • Na Paraíba, 22 candidatos indígenas foram eleitos, incluindo a prefeita e toda a Câmara de Marcação. Também foi eleito o candidato a vice-prefeito de Baía da Traição, Toninho de Rosa, que é da etnia Potiguara.
  • Baía da Traição, outro município do Litoral Norte da Paraíba, faz divisa com Marcação. Para a Câmara Municipal, seis dos nove vereadores eleitos são indígenas. Além disso, vereadores indígenas foram eleitos em Rio Tinto (4) e Guarabira (1).

No último Censo do IBGE, 88,08% dos residentes na cidade se declararam como indígenas, a maior proporção da Paraíba e uma das 10 maiores do Brasil.