A CASA DA FAVELA, integrando a programação oficial da Feira Literária Internacional de Paraty 2024, vem acumulando uma diversidade de experiências potentes, necessárias e que confirmam a riqueza da produção de conhecimento na periferia. Temas urgentes que compõem os mais diversos contextos da vida nas periferias estão sendo abordados pelos convidados e parceiros.


Do lugar histórico das mulheres pretas e indígenas escreviventes, num processo de reconhecimento,
incentivo e ampliação da sua produção literária e acadêmica, passando pelo debate sobre os
movimentos de luta pela terra e em defesa da vida, mais detidamente, a partir do resgate de saberes,
visões de mundo e experiências de base comum e coletiva, trazendo, ainda, à reflexão os processos
de formação e transformação da juventude, vetorizados pela comunicação comunitária, desde o primeiro dia, na última quarta-feira, 9, incluindo um balanço apresentado pelo Secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura sobre as ações e políticas com ênfase na periferia.


Junto desse caldeirão, interveções artísticas brilharam ao longo dos “entre-debates”, com slam,
jongo, roda de samba, grupos caiçaras, rappers e Mcs. Uma mescla de experiências que seguem
fortalecendo possibilidades de vidas plenas.
E agora seguimos para uma intensa programação, com debates sobre a produção literária infantil,
sobre os caminhos ainda possíveis de sustentação de utopias periféricas, sobre a produção literária
periférica em si, com autores jovens que encontraram na escrita um caminho de superação e (re)existências, e fechando com experiências de extensão da UFRJ.


Artigo anteriorComunicação Comunitária, Música e Literatura atraem o público para a Casa da Favela na FLIP
Paulo de Almeida Filho
Jornalista, Especialista em Comunicação Comunitária, Mestre em Gestão da Educação, Tecnologias e Redes Sociais - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Editor da Agência de Notícias das Favelas. Pesquisador do CRDH- Centro de Referência e Desenvolvimento em Humanidades - UNEB - Universidade do Estado da Bahia. Professor de Pós Graduação, em Comunicação e Diversidade, na Escola Baiana de Comunicação. Assessor da REDE MIDICOM- Rede das Mídias Comunitárias de Salvador. Membro do Grupo de Pesquisa TIPEMSE - Tecnologias, Inovação Pedagógicas e Mobilização Social pela Educação. Articulado Comunitário do Coletivo de Comunicação Bairro da Paz News. Membro da Frente Baiana pela Democratização da Comunicação. Integrante do Fórum de Saúde das Periferias da Bahia. Membro da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito- Núcleo Bahia. Integrante da Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadores Coordenador Social do Conselho de Moradores do Bairro da Paz, EduComunicador e Consultor em Mídias Periféricas.