Na última terça-feira, 12, o Ministério da Saúde, através da Assessoria Especial Saúde para os Territórios de Periferias, instalou o Grupo Técnico de Trabalho em Saúde dos Territórios de Periferias (GTT), com objetivo de mapear, articular e apoiar a implementação de políticas públicas que promovam direitos e garantam o acesso à saúde nos territórios periféricos do Brasil, com foco em grupos historicamente marginalizados. A cerimônia de instalação aconteceu na FioCruz, em Brasília, e contou com a participação de representantes de vários ministérios e secretarias como a Secretaria Nacional das Periferias, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de instituições e movimentos sociais, entre elas a Redes da Maré, População do Campo, Floresta e Águas, Movimento Afrodescendente do Pará (Mocambo) e a Agência de Notícias das Favelas.

A iniciativa visa incluir as comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas e moradores de rua, para fortalecer a participação social e assegurar o exercício pleno da cidadania.

A mesa de abertura contou com a participação de Valcler Rangel – Assessor Especial da Ministra da Saúde e Coordenador do Grupo de
Trabalho Territórios de Periferias e Fabiana Damásio – Diretora da Fiocruz Brasília.

Em Seguida, a mesa sobre Diálogos sobre Saúde nos Territórios de Periferias – Conceituação e Contexto, mediada por Márcia Pereira, teve a participação de Luna Arouca – Redes da Maré, Paulo de Almeida – Agência de Notícias das Favela, Elionice Sacramento – Populações do Campo, Floresta e Águas e Igina do Socorro – Movimento Afrodescendente do Pará (Mocambo).


A mesa Construindo Pontes: Fortalecendo Políticas Públicas para os territórios de periferias, foi composta por Daniela Buosi – Secretaria Nacional de Periferias, Alexandre da Silva – Secretaria Nacional dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa (MDHC), Renata Grace – Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica, (ICICT/Fiocruz), Jaison Luis Cervi – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Retrospectiva

Em junho deste ano, aconteceu 1º Encontro de Observatórios de Saúde nos Territórios de Periferia, promovido pelo Ministério da Saúde, que lançou o Mapa de Potencialidades das Periferias – desenvolvido em parceria com a Fiocruz, para identificar as potencialidades das periferias brasileiras que podem contribuir com o desenvolvimento sustentável das comunidades.   O encontro destacou a diversidade de agendas, incluindo representantes de mulheres cis, trans, povos indígenas, juventude, movimento negro e profissionais de saúde, todos com foco na garantia de saúde, potencialidades, problemas e novas histórias para suas comunidades. 

Ainda como como parte das ações para ampliar o diálogo com lideranças e multiplicadores, a pasta da Saúde lançou também em junho, o Canal Saúde nas Periferias no aplicativo WhatsApp para envio de informações exclusivas sobre saúde nos territórios periféricos urbanos e rurais. 

“O Ministério da Saúde está comprometido em fortalecer o SUS nas periferias, assegurando que as políticas públicas sejam construídas com a participação daqueles que conhecem as realidades locais. A comunicação em saúde deve seguir as diretrizes de descentralização do SUS, garantindo a inclusão de diversos grupos sociais” destaca Valcler Fernandes, assessor especial para a Saúde nos Territórios de Periferias. 

Desde o ano passado, o Ministério da Saúde vem promovendo encontros para aproximar e retomar as políticas inclusivas para criar soluções para as áreas periféricas. Exemplo disso foi a 1ª Conferência Livre Nacional de Saúde com Territórios de Periferias (CLTP), realizada em 30 de maio de 2023, em que abordou novos modos de articulação com as periferias. O evento foi fruto de uma colaboração entre o ministério e movimentos sociais de diversos estados, com o objetivo de discutir estratégias para enfrentar desigualdades em saúde.