O mês de novembro está sendo marcado por muito entretenimento, shows e esportes, e o boxe reúne os três segmentos dentro do quadrilátero. O Circuito de Boxe das Comunidades veio para ficar, a 1ª edição da competição reúne um universo largo de pugilistas das categorias infantil até Elite (atletas de alto rendimento em condições de Olimpíadas) que vivem nas comunidades do Rio de Janeiro.
Idealizado por Cesário Figueiredo, único ex-presidente da Federação de Boxe do Estado do Rio de Janeiro a ser campeão inédito do Brasileiro de 2017 e 2018 (bicampeão nacional depois de mais de 70 edições de Campeonato Brasileiro), o professor da Nobre Artes conta com o apoio da Secretaria Municipal de Esportes e Associação Brasileira de Pugilismo neste evento.
“Após os dados publicados pelo IBGE referente ao senso de 2022, é imprescindível que, não somente os Esportes que agregam valores ao desenvolvimento humano, mas Arte, Cultura, Tecnologia, Sustentabilidade e Meio Ambiente, devem penetrar mais nas comunidades. Além disso, as atividades carregam segurança às famílias trabalhadoras. O Sudeste representa 48% dos moradores de morros e favelas do Brasil, e nosso projeto terá duas etapas em duas dentre as quatro maiores populações destas áreas. Este ano são três etapas, mas ano que vem serão oito eventos já com as comunidades mapeadas para receber o show”, diz Cesário.
O Circuito Boxe das Comunidades realizou no último sábado, 16, a 1ª etapa na Cidade de Deus. As lutas preliminares reuniram pugilistas a partir das categorias infantil, juvenil, cadete e Elite (card principal). O regulamento prevê sete lutas, cinco masculinas e duas femininas na categoria Elite, que definiu a seleção da Região Central como finalista ao ganhar a seleção da Região Norte por 5 a 2.
Técnico da seleção da Região Central, Lino Brito, que forjou grandes campeões na Bahia, um deles sendo o primeiro medalhista olímpico de ouro, Róbson Conceição, atualmente, no boxe profissional, não poderia esperar uma performance melhor da sua tropa.
“Fizemos bons combates, fomos com uma equipe bem preparada, até pugilista que já esteve na seleção olímpica e disputou o Mundial de Boxe Amador da AIBA, subiu no ringue. Todos os atletas performaram muito bem, e no quarto combate, fiquei mais certo da vaga na final porque abrimos vantagem que permitia perder as duas últimas lutas. E ganhamos um desses dois combates finais. Agora, é preparar mais os pugilistas porque o outro finalista, independentemente quem seja, vem com tudo”, diz Lino Brito que é da escola baiana.
Na Rocinha, dia 23, será nos mesmos moldes da Cidade de Deus com lutas preliminares entre as categorias infantil, juvenil, cadete e Elite (card principal). As seleções das Regiões Oeste e Sul buscam a vaga na final no dia 30, na Praça General Osório, Ipanema.