Márcia Eduarda, @_dudasannt, jornalista, militante social, colaboradora da ANF e moradora da periferia de Salvador, foi vítima dos crimes de injúria racial e racismo religioso, na última quinta-feira, 12, praticados por uma funcionária de uma grande franquia de quiosques que comercializa produtos da cultura geek. Eduarda foi atacada por uma funcionária quando passava em frente a loja usando um turbante e uma camiseta com a palavra Exú, “ei preta, não quer jogar búzios pra mim não”? Neste momento outros funcionários fizeram chacota causando constrangimento diante de outras pessoas que estavam no local. O serviço de segurança do shopping acionou policias militares que no primeiro momento tentaram amenizar a situação, mas por insistência de Eduarda, a funcionária foi conduzida para delegacia.

A funcionária ficou sob custódia da Justiça, sujeita à pena de fiança. Contudo, o caso não termina aqui. Eduarda está sendo aparada por um grupo de advogados e pretende continuar com o processo para responsabilizar os proprietários da loja, que não ofereceram nenhum suporte durante e após o caso. A jornalista também está em busca de apoio apoio psicológico, ela está assustada, pediu folga do trabalho, pois não esta se concentrando nas atividades. Por orientação jurídica, o nome do shopping e da loja não serão mencionados até o momento.

Semana passada Eduarda passou por uma situação de racismo nesse mesmo shopping. Ela estava no mercado na seção de vinhos, quando duas mulheres brancas se aproximaram e perguntaram afirmando “você que trabalha aqui, qual o preço desse vinho?”. Eduarda disse que devolveu o desconforto respondendo “já iria lhe pergunta o mesmo, achei que trabalhava aqui também” e gargalhou, elas se sentiram constrangida e depois saiu do local.

Vale ressaltar que todos os funcionários estavam devidamente fardados e padronizados. Eu estava com roupa comum