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No dia 22 de setembro, segunda-feira, chega ao fim a temporada carioca da maior retrospectiva de Salvador Dalí no país. A mostra, em exibição no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB Rio) desde 30 de maio, já recebeu um público de mais de 800 mil pessoas – passando à frente de exposições do artista realizadas em 2013 no Reina Sofía (732 mil), em Madri, e no Pompidou (790 mil), em Paris, bem como de O Mundo Mágico de Escher (570 mil), ambientada no CCBB em 2012 e eleita a mais visitada no mundo naquele ano pelo The Art Newspaper.

“É com grande entusiasmo que o CCBB Rio comemora mais de 800 mil visitantes na Mostra Salvador Dalí no ano em que celebra seu aniversário de 25 anos. Os números dos últimos meses refletem a receptividade do público ao trabalho fascinante do grande mestre surrealista. E para quem ainda não conseguiu reservar um horário para ver as suas obras, o CCBB manterá as portas do prédio abertas durante 36 horas ininterruptas com o Viradão no último final de semana da exposição”, comenta Marcelo Mendonça, Gerente Geral do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro.

Quem ainda não teve a oportunidade de mergulhar no universo onírico e provocante do pintor catalão tem mais uma semana para conferir a exposição. O público também pode aproveitar o viradão que acontece no último fim de semana de Salvador Dalí, quando o centro cultural abre às 9h do sábado (20) e só vai fechar as portas 36 horas depois, às 21h de domingo (21). Para animar a madrugada, das 23h às 4h haverá apresentações dos DJs Marcello H e Armando Babaioff.

 Sobre a exposição

 A mostra reúne por 150 peças – 29 pinturas, 80 desenhos e gravuras, além de documentos e fotografias – vindas das principais instituições colecionadoras do artista, a Fundação Gala-Salvador Dalí (Figueres), o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía (Madri) e o Museu Salvador Dalí (Flórida). A exposição apresenta a produção de Dalí desde os anos 1920 até seus últimos trabalhos, proporcionando ao visitante uma clara percepção de sua evolução, não só técnica, mas de suas influências, recursos temáticos, referências ideológicas e simbolismos.

                Salvador Dalí ocupa cerca de 1.000 m² do primeiro andar do CCBB e traça a trajetória do artista passando pelas diversas fases de sua produção. É possível ver as telas do período de sua formação como pintor – “Retrato del padre y casa de Es Llaner”, de 1920, e o “Autorretrato cubista”, de 23. A fase surrealista, que deu fama mundial ao catalão, é retratada em telas que apresentam seu método paranóico-crítico de interpretação da realidade, com obras muito significativas como “El sentimiento de velocidad” (1931), “Monumento imperial a la mujer-niña” (1929), “Figura y drapeado en un paisaje” (1935) e “Paisaje pagano medio” (1937).

O público pode conferir ainda a contribuição de Dalí para a sétima arte. Os filmes O cão andaluz (Le chien andalou, 1929) e A idade do ouro (L’age d’Or, 1930), codirigidos por Salvador Dalí e Luís Buñel, e Quando fala o coração(Spellbound, 1945), de Alfred Hitchcock, cujas cenas do sonho foram desenhadas pelo pintor, são exibidos dentro do espaço expositivo, apresentando um pouco mais da diversidade e da linguagem adotada pelo artista.  O acervo conta também com documentos e livros de sua biblioteca particular, provenientes do arquivo do Centro de Estudos Dalilianos, que dialogam com as pinturas proporcionando ao visitante uma viagem biográfica e artística pela carreira de Dalí.

É o caso dos títulos Imaculada Conceição (1930), de André Breton e Paul Eluard, e Onan (1934), de Georges Hugnet. As raridades tiveram seus frontispícios assinados por Salvador Dalí e retratam as bases do surrealismo na literatura. O conjunto conta com os desenhos criados para ilustrar o livro Cantos de Maldoror (1869), que inspirou muitos artistas do período, tanto por seu tema quanto por sua descrição de um mundo onírico, tornando o seu autor – Isisdore Ducasse, conhecido como Conde de Lautrémont – um dos precursores do movimento. As ilustrações feitas para os clássicos da literatura mundial Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, e Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, completam a mostra.

A exposição é organizada pelo Instituto Tomie Ohtake em parceria do Centro Cultural Banco do Brasil, a Fundação Gala-Salvador Dalí, o Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía, e o Museu Salvador Dalí. Salvador Dalí fica em cartaz no CCBB Rio até o dia 22 de setembro e depois segue para São Paulo, onde será realizada no Instituto Tomie Ohtake entre 19 outubro e 11 de janeiro. A mostra no Rio de Janeiro é patrocinada e apresentada pelo Banco do Brasil e pelo Grupo Segurador BB e Mapfre, com o patrocínio da Arteris e o apoio da Brasilcap e do IRB Brasil RE.

CCBB Rio de Janeiro

De quarta a segunda, das 9h às 21h.

Rua Primeiro de Março, 66. Centro, Rio de Janeiro, RJ. 20010-000