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Enquanto esperávamos o Halves na Praça da associação de moradores, avistei o PJ e chamei-o, convidei para sentar conosco para contar ao Egeu e ao Tiago um pouco da trajetória da rádio PJ, a primeira rádio de poste de Rio das Pedras.
Os meninos ficaram batendo papo com ele enquanto eu fotografava.
Foi então que ele nos convidou para conhecer a rádio – eu já conhecia – mas Egeu e Tiago não, fomos.
Na mesa logo em frente a porta, originais de diversos documentos, carteiras de identidades, fotografias de pessoas perdidas, cartazes colados nas paredes.
O objetivo principal de PJ ao fundar a rádio era ajudar as famílias da comunidade a encontrarem parentes desaparecidos, fornecer um endereço para correspondências, fazer o encontro de familiares que chegavam ao Rio sem conhecer a localidade, marcando o ponto de chegada no local e facilitando assim os encontros.
O estúdio da rádio despertou a atenção do Egeu por conta dos equipamentos antigos.
Apesar de ter equipamentos novos , a PJ chama a atenção pelo diferencial das outras comunitárias, pois tem um clima retrô que se mescla com o moderno.
PJ , ou seja Paulo Jorge de Paula Dias, é querido pela comunidade, sempre respeitoso e prestativo, com um sorriso no rosto mostra bem a cara dessa favela, cara de gente do bem, gente solidária e prestativa.
Orgulhando-se da qualidade de seus serviços e de como trabalha para o bem da comunidade, mostra ao Tiago uma caixinha de alto falante feita de PVC, material que evita o deterioramento por conta de chuvas, poeira e até mesmo do tempo.
Foi uma bela tarde, ali estava diante de nós um exemplo de gente que faz, e que pensa coletivo, é de reabastecer nossas forças e mostrar a nós o caminho do sucesso pois a rádio PJ é um exemplo de resistência.