A Agência de Notícias das Favelas lançou uo último sábado (10), Dia Internacional dos Direitos Humanos, o curta-documentário Eu só quero ser feliz: Uma breve história do funk carioca no Complexo do Alemão. Artistas, produtores culturais e moradores prestigiaram o evento no Cinecarioca Nova Brasília.
Com um narrativa que passeia pelos anos 80 e 90, o filme traz depoimentos de vários MCs e DJs que impulsionaram e fizeram a história do funk, hoje um movimento cultural. Os MCs Galo, Geleia, Leonardo, Amaro, Cidinho e Doca, além de Rômulo Costa, DJ Malboro, GrandMaster Rafael, Reginaldo da CurtiSom Rio e Adriana Facina, são alguns dos entrevistados que ajudam a reconstruir esse período.
“Eu nunca fui de ignorar os pequenos começos”, afirma André Fernandes, diretor estreante do documentário. A data de exibição coincidiu com o Dia dos Direitos Humanos, que celebra a importância das garantias jurídicas básicas para a manutenção da dignidade humana: “Não é à toa que escolhemos a data para homenagear também o funk, gênero que sofre perseguições até hoje e ainda luta para ser reconhecido com cultura. A trajetória da música periférica merece ser registrada”.
Moradores de várias partes da cidade marcaram presença. É o caso de Laila Ferreira, 25, moradora de Belford Roxo. Ela ficou sabendo da estreia do filme pelas redes sociais. “Sempre morei na Baixada Fluminense e lá os bailes mostrados no documentário também aconteciam. Eu mesma já fui em alguns, o que me trouxe certa nostalgia. Fico feliz de reconhecer o meu cotidiano nas telas”.
Eu só quero é ser feliz – uma breve história do funk carioca é a primeira parte de uma trilogia e tem roteiro de Marcos Barreira. A produção foi realizada em parceria com ANF Produções, Approach Comunicação e AND Produções e conta com recursos do Edital do Funk da Secretaria de Estado de Cultura.