O Coletivo Fala Akari e a Associação de Moradores de Acari (Ama) realizam neste sábado, às 14h, uma audiência pública para discutir soluções para a escalada da repressão na região. O encontro acontece na quadra da G.R.E.S. Favo de Acari.
Na “Audiência Pública pelo Direito à Vida na Favela de Acari”, ativistas e e familiares de pessoas assassinados durante operações policiais se unem para refletir a respeito das ações violentas que diversas favelas do entorno têm sofrido. Moradores criticam principalmente as ações do 41º Batalhão de Polícia Militar (Irajá), que promovem incursões na comunidade nos mais diversos horários, incluindo na madrugada, e fazem uso regular do chamado Caveirão, causando danos materiais à vizinhança.
São aguardadas as presenças de juízes, delegados e outras autoridades, como o presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Marcelo Chalreo e o ouvidor-geral da Defensoria Pública do RJ Pedro Strozenberg.
Críticas ao 41º BPM
O 41º Batalhão de Polícia Militar foi o recordista em mortes em decorrência de ação policial durante os dois primeiros meses de 2017, de acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Cerca de sete pessoas foram assassinadas na Favela de Acari desde o início do ano.
A região é a mesma onde a menina Maria Eduarda, de 13 anos, foi assassinada dentro da Escola Municipal Jornalista e Escritor Daniel Piza. Os policiais militares Fábio de Barros Dias e David Gomes Centeno, lotados no batalhão, foram flagrados por um cinegrafista amador executando dois suspeitos feridos do lado de fora do colégio. Eles respondem em liberdade pelo crime de homicídio doloso (quando há intenção de matar). O caso de Maria Eduarda ainda está sob investigação.
Serviço:
Audiência Pública pelo Direito à Vida na Favela de Acari
Data: 06 de maio, às 14 h
Endereço: Quadra da G.R.E.S. Favo de Acari (Rua Piracambu, 604, Acari, Rio de Janeiro – RJ)