No dia 2 de julho, um domingo, deveríamos todos ocupar o Aterro do Flamengo por uma luta humanitária central: as escolas públicas do Rio de Janeiro estão na linha de tiro de uma guerra diária que se amplia e assusta. Isso precisa parar. E só vai parar se a sociedade se mobilizar.
Alunos, professores, mães, pais e responsáveis estarão reunidos no atoAqui é um lugar de paz / Encontro das Escolas, que está mobilizando comunidades escolares de todos as partes da cidade.
11 palcos serão montados no entorno do Monumento aos Pracinhas de 8 h as 13 h. Os próprios alunos ocuparão estes palcos, mostrando o talento e a força expressiva de nossa potente juventude carioca. Uma potência, um talento e uma força que precisamos estimular e proteger.
Artistas que atuam dentro de escolas também se apresentarão. Atos como este são importantes ferramentas de conscientização, motivação para os envolvidos na luta árdua e ampliação da voz que reafirma direitos e cobra os deveres do Estado.
A educação é um direito. E este direito está sendo diariamente violado por uma guerra urbana sem resultados, que fecha escolas com uma frequência assustadora e que também mata nossas crianças.
Só uma aguda crise civilizacional naturaliza uma situação assim. Devemos lutar contra isso, prioritariamente. A reconstrução de uma sociedade tão assolada pela violência começa pelos espaços escolares.
Precisamos proteger as escolas, fomentar a criatividade de nossos jovens, valorizar exponencialmente nossos educadores, transformar cada escola deste país em um centro cultural comunitário, investir, enfim, na educação como centro da agenda política de uma transformação efetiva de nossa civilização tão desigual e brutalizada.
Na grama do aterro, sob o sol… No domingo, 2 de julho, vamos lutar coletivamente pelos filhos de todos e suas escolas e escolhas que estão sendo fuziladas? Partiu?