2017 vem se mostrado até aqui como um dos piores anos da história da cidade do Rio de Janeiro. Como se não bastassem as crises financeiras, políticas e éticas, vivemos um clima de barbárie diária, em que cenas de violência e morte tem sido consideradas normais até nos lugares menos improváveis. Na semana passada, mais uma aluna foi baleada e morta dentro de uma escola pública no Rio – mais uma adolescente moradora de favela. Enquanto isso, a PMERJ não recua nem um milímetro em sua estratégia de “combater o tráfico”.
Também na última semana, vimos perplexos a prisão e indiciamento de quase 100 policiais militares de um batalhão da Polícia Militar de São Gonçalo. Esses policiais vendiam armas e drogas para os traficantes de favelas da região, além de os sequestrarem e pedirem resgate pela sua liberdade. Tem um vídeo que está rolando na internet onde aparecem policiais militares vendendo droga no varejo para usuários numa praça perto de uma comunidade.
Ainda foi apreendido um avião com mais de 600 kg de cocaína em Goiás que teria saído de uma fazenda pertencente a um ministro de estado. O piloto, ao ser preso, negou a informação de que a aeronave teria saído de lá.
Façamos uma pergunta aqui: a quem interessa a manutenção dessa “guerra às drogas”?
Enquanto policiais, bandidos e inocentes têm suas vidas ceifadas por essa estratégia sem sentindo, pessoas do alto escalão de todos os setores, enriquecem às custas de sangue alheio. Basta!