Talvez não seja novo para você o que escrevo hoje. Ainda que não seja, talvez você nunca tenha pensado nessa perspectiva que proponho aqui.

É incrível o quanto nossa gente resiste à mudanças. Sobretudo quando falamos que é possível a revolução. Que é possível elas viverem bem, não se basearem apenas na sobrevivência, como nos impõe o sistema capitalista: a vida tribal (caçando pra comer).

O pior é quando tentamos falar que independente do que façam, nunca serão ricos ou que dificilmente terão o básico necessário para viver bem. Nem pense em falar que não adianta esperar de Deus, pois ele não fará que nada caia do céu…

É triste! Pensar que milhões de pessoas não consigam entender que a fome, a miséria, o desemprego, os subempregos, a escravidão, a educação ruim, a saúde péssima…fazem parte do sistema. São naturais. Que deve haver tudo isso para que apenas 10% da população do mundo tenha 90% de toda a riqueza! Ou seja, é muita grana pra pouca gente às custas da miséria de muita gente.

Esta na hora de falarmos menos e fazermos mais. Já que nossa gente não acredita mais (porque muitas vezes foram iludidos), é preciso que cada um de nós faça! Mas não caia na ideia de que cada um fazendo sua parte, vamos mudar o mundo. Isso é besteira. O esforço de cada um de nós só tem sentido se for coletivo. Se estivermos em grupos, que cada vez serão maiores.

É possível! Se nos juntarmos.

Indico este (que está na imagem) documentário sobre o Milton Santos: Conversa com Milton Santos: A Globalização vista do lado de cá. Ele fala exatamente destas questões e aponta caminhos de superação.

Abraço.