Helicóptero da Polícia Civil sobrevoa o Jacarezinho. (Créditos: Joel Luiz Costa / ANF)
Helicóptero da Polícia Civil sobrevoa o Jacarezinho. (Créditos: Joel Luiz Costa / ANF)
Helicóptero da Polícia Civil sobrevoa o Jacarezinho. (Créditos: Joel Luiz Costa / ANF)

Dois depois da morte do delegado Fabio Medeiros e da desastrosa ação que acabou com mais de 40 pessoas detidas – em sua maioria, trabalhadores -, a Favela do Jacarezinho continua a viver momentos de tensão. A Polícia Civil fez uma operação na comunidade com blindados e helicóptero na tarde deste domingo, 14. Um morador de Manguinhos que passava pelo local foi baleado e morreu.

O domingo fluía normalmente no Jacarezinho, com grande circulação de pessoas e crianças brincando nas ruas. Na hora do almoço, porém, dois Caveirões entraram na favela com o apoio de um helicóptero da Polícia Civil, iniciando um grande tiroteio na altura do Buraco do Lacerda.

Moradores afirmam que os agentes de segurança atiravam de cima para baixo, de dentro do helicóptero, em direção à comunidade. Segundos relatos, a ação deixou uma vítima confirmada: um morador de Manguinhos conhecido como Walmir Baiano, que fazia serviços de frete no Jacarezinho, foi baleado na localidade conhecida como Pontilhão. Ele era músico, capoeirista e muito conhecido na região.

A operação interrompeu ainda os trabalhos da Light, que fazia reparos nos 14 transformadores atingidos por tiros durante a operação de sexta-feira. O incidente deixou parte da comunidade às escuras e também sem água nas áreas mais altas. Em áudios e vídeos que circularam nas redes sociais durante a tarde, policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora também reclamavam que o helicóptero da Polícia Civil fez vários disparos a cerca de um metro de distância do contêiner da base.