São 4 meses, 120 dias, num silêncio profundo, de uma dor que nos cala e a pergunta que ecoa em meio ao silêncio é QUEM MATOU MARIELLE E ANDERSON?
Imaginem a dor de uma mãe que não terá sua filha de volta, de uma filha que não terá sua mãe a esperando de braços abertos, de um amor que foi dilacerado brutalmente sem ao menos ter a oportunidade de dizer um último Eu Te Amo. A dor das pessoas que estão até o momento sem saber de fato o que aconteceu, esperando ansiosamente por uma resposta. É angustiante a espera de uma solução, do que não é falado, do que por diversas maneiras é tentado abafar, não podemos deixar que algo tão emblemático seja em vão, precisamos cobrar respostas, ir além por Marielle, por Anderson, por você e por nós.
A mobilização é tão grande, que a Anistia Internacional marcou um encontro com os pais da vereadora na quinta feira (12). Juntos, eles reivindicaram o acompanhamento externo das investigações sobre o crime, que ainda está sem solução. Para a entidade, o fato do caso permanecer em aberto é grave e “demonstra ineficácia, incompetência e falta de vontade das instituições do Sistema de Justiça Criminal brasileiro em resolver o caso”
Em entrevista ao jornal O Globo do dia 12/07 a diretora executiva da Anistia Internacional, Jurema Werneck, diz que: “fundamental não apenas identificar e responsabilizar os autores dos disparos, mas também os autores intelectuais dos homicídios, bem como a motivação do crime”
Neste mesmo dia a própria Anistia promoveu um “tuitaço” como forma de protesto por essa espera interminável de um crime brutal que virou notícia pelo mundo, lembrar que defensoras e defensores não serão silenciados, para pressionar as autoridades responsáveis que investiguem com urgência e imparcialidade não somente os autores dos disparos, mas também aqueles que planejaram o assassinato.
Hoje, dia 14 julho se comemora o dia da liberdade de pensamento, é triste pensar que uma mulher da grandeza de Marielle tenha sido calada por defender suas ideias que direta e indiretamente nos beneficiavam, é deplorável viver nessa incerteza se o caso terá solução, pois a sensação que temos é que a verdade grita aos quatro cantos, mas não nos deixam ouvir, os tiros que tiraram a vida de Marielle atingiram a todos nós, mas a voz dela enche os nossos pulmões e nos faz gritar cada vez mais o quanto ela está presente.
Procurando em minhas memórias sobre Marielle compartilho com vocês uma parte de um vídeo que ela fez para o Canal Marias do Brejo, nesse vídeo, ela conta sua história de uma forma tão leve, tão descontraída, impossível não se encantar com essa força, com essa coragem. #MARIELLEPRESENTE
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