próxima quinta-feira (16) acontece na Maré o lançamento do livro “A geopolítica do Estado e o território quilombola no século XXI”, do geógrafo soteropolitano Diosmar Santana Filho. Entrada gratuita.
Após uma série de eventos que culminaram no lançamento do livro A geopolítica do Estado e o território quilombola no século XXI, na Bahia e em São Paulo, o geógrafo Diosmar Santana Filho segue rumo à capital do Rio de Janeiro para lançar seu primeiro
livro.
A primeira obra do geógrafo baiano dá visibilidade ao contexto geopolítico e histórico com quais os territórios quilombolas enfrentaram durante o último século de conquistas e perdas para a população negra brasileira. Editada pela Paco Editorial, a publicação científica aborda, em seis capítulos, diversas nuances que permeiam a luta quilombola por espaço, território e identidade, sobretudo levando em consideração os 130 anos da Promulgação da Abolição da Escravatura.
Mestre em Geografia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Diosmar apresenta em seu primeiro livro, o resultado da pesquisa geográfica realizada no mestrado. Nele, o autor analisa as mudanças no espaço do Estado Brasileiro, a partir do protagonismo dos próprios quilombolas como sujeitos de direitos e como a conquista dos territórios quilombolas desde Palmares modificou a geopolítica na formação do país, com destaque para o Estado Baiano.
A quarta capa da obra é assinada pelo geógrafo Renato Emerson dos Santos, professor do Departamento de Geografia da universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Para o mesmo, “contar a nossa história territorial mostrando esses protagonismos, compreendendo seus papéis em relações econômicas, sociais, políticas, em jogos que articulam diferentes escalas, é fundamental para o reconhecimento e a conquista de direitos por esses grupos. Isso é uma tarefa para a Geografia Brasileira, à qual alguns geógrafos vêm se dedicando, como fez Diosmar Santana Filho, com grande qualidade”.
O prefácio da obra é assinado pela doutora Sandra Manuel, professora do Departamento de Arqueologia e Antropologia da Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique). Nele, ela discorre: “Diosmar Filho nos convida a um exercício revolucionário para pensar o Estado-Nação brasileiro, retirando a posição subalterna do
Quilombo, dando visibilidade aos espaços quilombolas e conceitualizando o seu papel como formas novas no espaço do Estado pela formação política e étnica, em detrimento da elite que ocupou o poder político e econômico”.
Sobre o autor
Diosmar Marcelino de Santana Filho é geógrafo, Mestre em Geografia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), professor e coordenador acadêmico da Especialização Lato Sensu EaD – Estado e Direito dos Povos e Comunidades Tradicionais (UFBA).
Pesquisador dos Grupos de Pesquisa CNPq – Historicidade do Estado, Direito e Direitos Humanos e do Núcleo de Estudos e Pesquisas Urbanos e Culturais do Sul da Bahia (Nepuc/IFBA – Campus Ilhéus). Foi professor substituto do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências (Igeo-UFBA) e do Instituto Federal de Ciência e Tecnologias da Bahia (IFBA), campus Ilhéus. Na esfera governamental, foi gestor estadual em políticas públicas nas áreas de gestão: das Águas, Desenvolvimento Social e Promoção da Igualdade Racial. Autor de capítulos de livros e artigos em revistas científicas sobre território, desigualdade sociorracial, quilombo e política pública. É responsável pela coluna
Etâ Mundo, no Portal Correio Nagô.
Quando/Aonde: – 16 de agosto, às 16h, lançamento e roda de diálogo com o autor no Observatório das Favelas, Rua Teixeira Ribeiro, 535, Maré, Rio de Janeiro.