Um país em chamas!

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O dia 2 de setembro vai ficar marcado para sempre como um dia de luto e tristeza para a memória, arte e cultura nacional. O incêndio criminoso que destruiu o Museu Nacional ontem na Quinta da Boa Vista, era muito mais que uma tragédia anunciada. Foi um crime premeditado. Com requintes de crueldade.

O Museu Nacional, criado pela Família Real há mais de 200 anos, era o maior museu da O Museu Nacional abrigava um vasto acervo com mais de 20 milhões de itens, englobando alguns dos mais relevantes registros da memória brasileira no campo das ciências naturais e antropológicas, bem como amplos e diversificados conjuntos de itens provenientes de diversas regiões do planeta, ou produzidos por povos e civilizações antigas. Formado ao longo de mais de dois séculos por meio de coletas, escavações, permutas, aquisições e doações.

Era também um dos principais locais de lazer para população mais humilde e de periferia. Aliás, foi o primeiro museu que entrei na minha vida. Foi a primeira vez que vi uma ossada de baleia, um fóssil de dinossauro e um sarcófago de uma múmia.

A importância histórica do Museu Nacional para a formação acadêmica é incomensurável e portanto a perda de diversos estudos e pesquisas são irreparáveis. A área de pesquisas e ciências nacional perde muito com essa tragédia.

Mas o pior de tudo é ver a desfaçatez e a ignorância do prefeito da cidade do Rio de Janeiro que fez um pronunciamento no local dizendo, que “vai recompor cada detalhe eternizado em pinturas e fotos e ainda que não seja o original continuará a ser para sempre a lembrança da família imperial que nos deu a independência, o império, a primeira constituição e a unidade nacional.”

Um prefeito que não tem a menor idéia do que é um museu.

O Brasil  chora.