Novamente sem glória, estrela solitária

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Ninguém disse que é fácil torcer para o Botafogo, até porque o lema diz: “Tem coisas que só acontecem com o Botafogo”. E esta melancólica noite de 03 de outubro não fugiu à regra. O Engenhão não teve culpa no que aconteceu e, ao contrário, estava lindo, pulsante. Os rivais se acostumaram a tirar sarro dos alvinegros por causa das baixas médias de público, mas é inegável que quando os botafoguenses resolvem abraçar seu time, fazem um espetáculo.
Como estava estampado no mosaico antes do jogo, algo que se tornou tradição nos confrontos continentais: “Você nunca está só”.
Mas, mesmo com esse apoio, os 30 mil presentes ontem no estádio levarão apenas o choro de um sonho que ali se encerrou, o do bicampeonato da Copa Sul-Americana, que foi conquistada pela primeira vez em 1993, ainda com o nome de Copa Conmebol. A felicidade fica para o Bahia e sua minoria, que não tinham nada a ver com isso, e voltam para casa garantidos nas quartas de final da competição, pela primeira vez na história.
Dentro de campo, os baianos entraram com a vantagem do placar de 2 a 1 conquistado no
primeiro jogo. Sabia-se que seria um jogo aberto e era necessário ter agressividade no ataque.
Os gols dos atacantes Rodrigo Pimpão e Luiz Fernando foram doses de esperança para os
alvinegros, mas do outro lado Edigar Junio também marcou e levou a decisão para os pênaltis.
No momento da loteria do futebol, o goleiro Saulo tentou brilhar, mas seus companheiros
Marcinho e Moisés desperdiçaram as cobranças. Quem agradeceu foi o goleiro tricolor
Douglas e volante Flávio, que fez o último gol e declarou a vitória baiana, calando a torcida
botafoguense.
Agora, o bravo Bahia segue para fazer mais um confronto brasileiro, contra o Atlético
Paranaense. Para o nosso Botafogo, fica mais um capítulo triste e a necessidade de se reerguer para focar no Campeonato Brasileiro. Infelizmente, mais um fracasso para o nosso sofrido futebol carioca. Do caldeirão do Fogão, só ficaram as cinzas.