No sábado, 13 de outubro, o Cine Taquara comemorou seu primeiro aniversário com uma sessão especial “Primavera Negra”. Devido à chuva, o evento teve que deixar a praça para se deslocar para abaixo do terminal de ônibus, mas sem abrir mão da ampla programação do dia.
O Cine Taquara surgiu da necessidade de se organizar para fortalecer a arte, a juventude e a troca de conhecimento na região. “Pensei em cinema – explica Gleyser, fundadora – por ser mais atrativo do que chamar a galera para ler um livro. Quem não gosta de cinema? E um filme ainda oferece essa possibilidade de abrir depois para uma roda de conversa.” Foi compartilhando essa ideia com alguns amigos que nasceu então uma outra consciência: a de privilegiar o cinema nacional e independente, que vale muito mais do que o hollywoodiano.
A primeira sessão aconteceu no dia 8 de outubro de 2017, com filmes sobre meio ambiente, e uma oficina de plantio em garrafa PET. Mas hoje, o Cine Taquara se tornou, de fato, muito mais do que um cineclube. As atividades costumam começar no final da tarde, à luz do dia, com oficinas, feira de artesanato e comida vegana, apresentações, roda de conversa, DJ e, bem mais tarde, encerram com uma projeção de curtas nacionais seguida de debate. E quem não tem hora para voltar, pode ficar ocupando a praça com música até altas horas da madrugada.
Neste ano também, muitas pessoas se aproximaram, artistas, estudantes, ativistas, trazendo seu conhecimento e suas propostas. O Cine Taquara virou uma família e tem agenda bem cheia. Pois além dos eventos mensais acontecendo do final da passarela do BRT, o coletivo tem participado de várias ações sociais e culturais em escolas, praças e centros culturais da região. No total, não foram menos de trinta sessões que foram organizadas em diversos locais este ano.
“As pessoas acham que ninguém quer assistir filme independente. Mas já tentou colocar na praça? Puxa uma cortina e você vai ver que funciona!”