Desde as eleições presidenciais de 2014, quando a ex presidenta Dilma Roussef venceu apertadamente do então candidato Aécio Neves, ficou claro pra mim (e pra muita gente) que a eleição seguinte a parcela mais conservadora da sociedade brasileira não mediria esforços para vencer as eleições seguintes. Durante 2 anos, Dilma sofreu uma pressão contrária enorme da classe empresarial. dos partidos aliados e da oposição e principalmente da chamada grande mídia hegemônica. Grupos de extrema direita como o Movimento Brasil Livre e o Vem Pra Rua, iniciaram uma campanha nacional de desmoralização do governo petista e perseguição a grupos ditos de esquerda. As eleições municipais logo após o golpe com a vitória de vários candidatos ultra conservadores, indicavam que o campo progressista da sociedade, corria um sério risco nas eleições seguintes. Principalmente os partidos de esquerda.
E o que era temos se transformou em realidade. Além da vitória de Bolsonaro, os 3 estados mais ricos e populosos do país elegeram governadores com idéias atrasadas e retrógradas. Se em São Paulo o governador eleito João Doria avisou que em 2019 a polícia vem para matar, o governador eleito Willian Witzel, afirmou que em 2019 nas favelas, a “polícia vai mirar na cabecinha e atirar”.
Até agora não vi nenhuma proposta propositiva desses 3 novos governantes. No projeto de sociedade deles, a vida não é importante. Nenhuma proposta positiva nas áreas de saúde, educação e cultura,. Aliás essas duas últimas áreas, serão fortemente perseguidas pelos novos governos. Temos um presidente que insiste em promover uma campanha de perseguição a classe cultural e acadêmica.
Sem falar que as áreas periféricas e favelas de todo o país sofrerão consequências duríssimas nas operações policiais que ocorrerão nessas localidades.
Mas tenho certeza que na mesma medida que essas forças malignas vão tentar nos tirar ainda mais direitos, nossa resistência será intensa e sem medo!
Que venha 2019!