Dia 18 de janeiro saiu o resultado das notas dos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio, ENEM. O período de inscrição no Sistema de Seleção Unificada, o Sisu, será do dia 22 ao dia 25 de janeiro, e resultado da chamada regular sai no dia 28 de janeiro. Tendo a média acima da nota de corte e com a inscrição no sisu, os alunos podem ingressar nos cursos e faculdades escolhidos.
O Sisu foi desenvolvido em 2010 pelo Ministério da Educação com o objetivo de facilitar a entrada de estudantes no ensino superior. O sistema fica aberto durante o dia inteiro, que é o momento onde os estudantes se inscrevem no curso e na universidade de sua preferência, escolhendo sua primeira e segunda opção. Durante a madrugada (meia noite) o sistema é fechado para que a classificação seja feita e no dia seguinte é aberto novamente. Isso acontece durante os dias de inscrição, depois o sistema é fechado e o resultado da classificação é liberado (28 de janeiro). Se não for classificado o estudante ainda pode se inscrever no segundo Sisu no meio ano novamente.
É importante lembrar que diferente dos anos anteriores, esse ano se o estudante passar em sua segunda opção ele não poderá ficar na lista de espera da primeira opção. Só poderá ficar na lista de espera aqueles que não passarem em nenhuma das opções de curso, esses podem participar da lista de espera tanto para a primeira quanto para a segunda opção. Ainda não se sabe se isso servirá também para o Sisu de 2019.2 já que o edital diz respeito apenas ao Sisu de 2019.1. Essa mudança pretende organizar as listas de classificação e de espera para que as universidades tenham menos desistência e que os alunos façam sua escolha conscientemente.
O Sistema de Seleção Unificada permite que o aluno escolha além do curso e da faculdade, o estado em que irá estudar. Assim, os alunos podem escolher qual o lugar que oferece mais oportunidades de emprego após a formação, ou estágios durante o curso. Assim, os estudantes têm autonomia para decidir seu futuro após passar na universidade desejada. Quanto a isso, Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, se posicionou contra durante uma entrevista dada à Globonews.
Durante a entrevista ela disse: “O menino lá do Rio Grande do Sul faz o Enem, ele passa no vestibular para medicina lá no Amapá, que é o grande sonho dele e da família. Esse menino é tirado do contexto. Às vezes tem apenas 16 anos. Será que nós não poderíamos estar começando a pensar em políticas públicas, que este menino ficasse um pouco mais próximo da família? ‘Ah, mas em outros países acontece’. Mas nos outros países o papai tem dinheiro para ir lá na universidade visitar de vez em quando o filho”.
Essa colocação gerou grande polêmica, pois muitos alunos sonham em sair de seu estado para estudar em outro, por muitos motivos como os já citados anteriormente. E o mais importante é que essa é uma decisão individual, portanto, o Estado não deveria ter o direito de poder decidir o futuro desses alunos.