Tijucana de berço, o Salgueiro desde 1953 tem um espaço enorme no coração e na memória dos cariocas. Pronta para entrar na avenida no domingo de carnaval, a escola homenageará o orixá rei do martelo e dos trovões, Xangô. No enredo de Alex de Souza, Sàngó ou Xangô é reverenciado, recebendo pedidos para que nos ilumine e abra nossos caminhos, com toda a justiça do orixá.
O Salgueiro
A Acadêmicos do Salgueiro surgiu da junção de três blocos importantes no Morro do Salgueiro na década de 30, foram eles Unidos do Salgueiro, Azul e Branco e Depois eu Digo, todos bem queridos na época. Mas foi só em 1953 que se foi proposto por um importante compositor da época a junção das 3 escolas.
O Salgueiro tem um histórico de trazer em seus desfiles enredos que coloquem negros em destaque, como foi em 1957 e o enredo “Navio Negreiro” do carnavalesco Hildebrando de Moura e que garantiu um 4º lugar para escola, e o mais recente, “Senhoras do Ventre do mundo” de 2018, garantindo o 3º lugar no Grupo Especial. Há exatos 10 anos a vermelho-branco conquistava seu último título, com o samba “Tambor” de Renato Lage.
Fake News
Depois de um burburinho de que a cantora Anitta teria recebido um convite para ser a nova Musa da escola ter tomado conta da cidade, a presidente do Salgueiro, Regina Celi resolveu desmentir a informação via Instagram, estabelecendo mais um ano de parceria com Viviane Araújo, que assume o cargo de Musa da escola desde 2008.
No dia 02 a escola da Zona Norte do Rio de Janeiro faz um lindo ensaio em sua quadra, no Andaraí.
Endereço: Rua Silva Teles, 104 – Andaraí
Horário: 22h.
Confira abaixo o enredo de 2019 do Salgueiro:
G.R.E.S. ACADÊMICOS DO SALGUEIRO | 2019
Enredo: Xangô
Carnavalesco: Alex de Souza
Direção de Harmonia: Jô Casemiro
Autores: Demá Chagas, Marcelo Motta, Renato Galante, Fred Camacho, Leonardo Gallo, Getúlio Coelho, Vanderlei Sena, Francisco Aquino, Guinga do Salgueiro e Ricardo Neves.
Intérprete: Emerson Dias e Quinho
Vai trovejar!!!
Abram caminhos pro grande Obá
É força, é poder, o Aláàfin de Oyó
“Oba Ko so!” ao Rei Maior
É pedra quando a justiça pesa
O Alujá carrega a fúria do tambor
No vento a sedução (Oyá)
O verdadeiro amor (Oraiêiêô)
E no sacrifício de Obà (Oba xi Obà)
Lá vem Salgueiro!
Mora na pedreira, é a lei na terra
Vem de Aruanda pra vencer a guerra
Eis o justiceiro da Nação Nagô
Samba corre gira, gira pra Xangô
Rito sagrado, ariaxé
Na igreja ou no candomblé
A benção, meu Orixá!
É água pra benzer, fogueira pra queimar
Com seu oxê, “chama” pra purificar
Bahia, meus olhos ainda estão brilhando
Hoje marejados de saudade
Incorporados de felicidade
Fogo no gongá, salve o meu protetor
Canta pra saudar, Obanixé kaô
Machado desce e o terreiro treme
Ojuobá! Quem não deve não teme
Olori XANGÔ eieô
Olori XANGÔ eieô
Kabecilê, meu padroeiro
Traz a vitória pro meu Salgueiro!