Flagrado em março deste ano espirrando um spray de pimenta nos olhos de manifestantes em Niterói, entre eles duas crianças e a avó delas, o ex-capitão, atual major da PM Bruno Schorcht, transferido do 12º BPM para o 20º BPM há 45 dias, saiu com uma promoção da denúncia oferecida por promotores do Ministério Público. As duas crianças e a avó delas protestavam contra o descaso do poder público após a tragédia no Morro do Bumba.
De acordo com o boletim 162 da PM, o major PM Bruno Schorcht, havia sido transferido do 12º para o 20º Batalhão de Polícia Militar (BPM), distante portanto da região de Niterói, onde o oficial foi flagrado junto com o soldado D’Angelo de Matos Pinel espirrando a substância em duas crianças, de 6 anos e 7 anos, além da mãe deles, que também aguardavam o pagamento do aluguel social destinado às famílias vítimas do desabamento. O Batalhão de Polícia Militar (BPM) para o onde o oficial foi transferido responde pela área dos municípios de Nova Iguaçu, Nilópolis e Mesquita,
O Ministério Público Estadual ainda requereu, em sua denúncia, judicialmente, uma concessão de medida cautelar, na qual solicita que os envolvidos sejam suspensos imediatamente de suas funções policiais, até que o processo seja concluído. Segundo o MP a medida “é extremamente necessária, porque os policiais militares denunciados demonstram que não têm vocação e aptidão para o exercício de função tão importante que é a de policiamento ostensivo”. Mas tal requerimento não surtiu qualquer efeito prático, até o momento.
O major da PM Bruno Schorcht também responde, desde o começo do ano, a outro processo criminal junto ao Tribunal do Júri de São Gonçalo, por suposto crime de homicídio duplamente qualificado, em atividade típica de extermínio.