Dando sequência ao primeiro dia de desfiles da Série A, a Alegria da Zona Sul desfilou na Sapucaí com o enredo “Saravá, Umbanda”, que contou, através de um Preto Velho, a história da Umbanda: religiosidade, caridade, amor e fé. No ano passado, a escola da comunidade Cantagalo-Pavão-Pavãozinho conseguiu o oitavo lugar na Série A e está no grupo de acesso desde 2013, buscando ainda participar pela primeira vez do grupo especial na sua história.
Na avenida, a comissão de frente trouxe os terreiros, chamados de “Canzuá”, espaços sagrados dos ritos de Umbanda, onde Pai ou Mãe de Santo, executam “giras” ou “sessões”. Os pés descalços dos integrantes simbolizaram a humildade e as vestes brancas a fraternidade universal e a irradiação de paz.
As 17 alas trouxeram homenagens à elementos essenciais da crença umbandista, como as sete linhas energéticas, caboclos, ciganos, marinheiros e ondinas. A ala de Baianas representou a Preta Velha Maria Conga, uma das guias espirituais que vem de Aruanda para trabalhar nos terreiros nas giras de Preto Velho.
Os 3 carros alegóricos vieram mostrando locais sagrados e espirituais. O último, que fechou o desfile mostrou o poder purificador das águas dentro dos rituais da Umbanda, onde são realizadas as purificações do corpo e alma, bem como os rituais de fim de ano à Iemanjá.
Nesse desfile, a chuva continuou na paisagem da Marquês de Sapucaí. Entretanto, mais uma vez não foi suficiente para desanimar ninguém.