A escola da maior favela da América Latina, a Acadêmicos da Rocinha trouxe para a avenida um enredo que lutou contra a discriminação e o racismo. A tricolor de São Conrado lançou bananas para o preconceito e para aqueles que ainda insistem em chamar pessoas de “macacos”, e deixou um forte recado para o público. “Bananas que a vida dá, a gente consome. Quando a fome apertar, quero ver quem não come”, disse o enredo da Rocinha, que foi a 11ª colocada na Série A do ano passado. Lembrando que a escola tem um tiítulo do grupo de acesso, conquistado em 2005.
A comissão de frente lembrou de Charles Darwin e, através da irreverente coreografia, apresentou a ligação de elo da ancestralidade primata com fantasias do lado moderno evoluído do homo sapiens e, do outro, alusão à essência primitiva.
As 22 alas trouxeram histórias de quilombos, de importantes personagens negros (como Zumbi, Pelé e Elza Soares), de lutas das épocas abolicionistas, de manifestações culturais de povos africanos e modas, como o black power. Os 4 carros alegóricos mostraram um planeta de primatas, o negro no teatro, e ainda uma alegoria de ações antirracistas nas ruas e, principalmente, favelas.
E a chuva… essa não parou e marcou mais um desfile.