A fé que emergiu das águas e embalou a alma

Créditos: Ana Beatriz Moda

Terceira escola a desfilar neste sábado, a Estácio trouxe o enredo “A fé que emerge das águas”, que reuniu fé e devoção para contar a história do aparecimento da imagem do Cristo Negro de Portobelo, encontrada no mar do Caribe.

A comissão de frente abriu o desfile com o Leão, símbolo da escola, se debruçando sobre as origens do Cristo Negro, o Pai negro, recebido num encontro inédito: a Mãe negra, Nossa Senhora Aparecida.

As 22 alas mostraram os milagres relatados na região que encontraram a imagem, onde as águas, antes agitadas, se acalmaram com a chegada do artigo religioso. A principal bênção foi justamente a cura, onde o povo, que sofria com a cólera, viu o mal ser erradicado. As alas também trouxeram o Panamá, país onde fica Portobelo, contando um pouco de sua história, através do Canal do Panamá e do chapéu Panamá, símbolo de toda uma cultura. Os 4 carros alegóricos destacaram mais ambientes importantes. Além de tudo, o desfile foi uma mensagem de igualdade e respeito a todo credo, gênero ou raça.

A Estácio vem de um 6º lugar na série A de 2018 e é uma das maiores e mais tradicionais agremiações do carnaval carioca, tendo sete títulos do grupo de acesso (o último em 2015), além de um título do grupo especial, conquistado em 1992, sendo a única da Série A deste ano a possuí-lo.

Na avenida, tudo deu certo e, na dispersão, gritos tímidos de “É campeão” foram ouvidos. De olho na grande Estácio de Sá!