“Quem nunca se arrependeu do que fez?”

Créditos: Caio Ferraz

Seguindo a noite, a Grande Rio preparou um enredo que muito teve a ver com as nossas atitudes. Intitulado “Quem nunca…? Que atire a primeira pedra”, ele retratou, de uma forma bem humorada, mas sem perder a seriedade, diversos “pequenos” problemas do nosso cotidiano, relacionados à nossa educação. O lixo no chão, a explosão na hora da raiva, as atitudes de esperteza, e mais do chamado “jeitinho brasileiro” foi retratado e ganhou vida na avenida.

A escola de Duque de Caxias foi fundada em 1989, ganhou a Série A em 1992 e está firme no grupo especial desde então. No ano passado, foi mal e ficou em 12º lugar. Um fato engraçado é que, junto da Império Serrano, a última, deveria ter sido rebaixada para o grupo de acesso, mas uma decisão não-unânime das escolas resolveu cancelar os rebaixamentos de ambas, como reportou o site da Band: https://setor1.band.uol.com.br/virou-mesa-grande-rio-e-imperio-escapam-do-rebaixamento/. Como informado na matéria, uma “virada de mesa”, no ano seguinte, virou um desfile que falou contra a esperteza.

Voltando à avenida, o casal de carnavalescos Renato Lage, multicampeão do carnaval carioca, e Márcia Lage, também com títulos no currículo, assinaram o desfile. O samba propôs que façamos uma reflexão sobre maus costumes e como isso nos impacta a curto e longo prazo. O objetivo foi mesmo falar de educação, ou até da falta dela e suas consequências para a população. Para defender sua tese, optou por um caminho bem carnavalesco focalizando situações em que a maioria das pessoas deixa as boas maneiras de lado para obter soluções mais práticas.

A bateria “Invocada”, contou com a rainha Juliana Paes, em seu segundo ano com a Grande Rio, e com o estreante mestre Fafá, que tem apenas 28 anos, e desfila na escola desde os 7. Erika Januza, em seu segundo ano como musa da escola, também foi destaque.

A escola teve ao todo 30 alas e 6 carros alegóricos e terminou no tempo certo.