A cada dia que passa se passam horas perdidas,
A cada perda de hora se perde a soma de um dia.
O cronômetro instável da vida não para o giro,
Sempre correndo descarta sem pena a sua perda de tempo.
Com pressa acelera, se afobado ralenta,
Se não quer ele chega e se espera ele senta.
Se dorme passa voando, acordado se irrita no trânsito,
Se perde um terço da vida dormindo, um trabalho e o outro fingindo.
A única certeza que temos é que teremos ao fim um tal assassino,
Somos um filme com fim já escrito escrevendo o script a lápis.
A cada escolha mudamos os pensamentos e o que era já não é mais,
O que era “nunca” hoje percorre suas veias como verdades que trás.
O que era amor hoje é indiferente
O que era diferente hoje tá mais presente
O que Deus livraria hoje é tema de livro
O que temia hoje é o maior abrigo de paz.
Quantas fantasias já se tornaram realidade da nossa diária?
Quantas diárias fantasiadas de realidade pra se esquivar da verdade?
Quanta poeira soprada ao mexer no passado secreto a sete chaves?
Quantas correntes abertas ao não julgar a escolha de um filho?
Destino celeste pintor de caminhos,
admiradores de sua arte dizem que entendem seus traços.
São Inocentes e leigos com exclamadas certeza
Achando que entendem a leveza das águas
só que é mais profundo que o fundo estipulado.
É mais relativo do que certo, antitrigonométrico.
Sempre voltamos pra tentar um “por que”
E o passado responde o presente mas o futuro
não sabemos ao que pertence.
Floresta escura de pontos de interrogação,
A cada árvore jogada no chão,
se brota mais 3 pequenas incógnitas.
Existem terrenos sem árvores, com mais espaço,
Que se conformam com o concreto,
o desmatamento causa perda futura do puro ar
mas ajuda no momento a se confortar.
Victor Tavares, câmbio desligo !!